terça-feira, 29 de novembro de 2011

Super normal

Já ouviram falar de epifanias, amigos? Acho que uma dessas me apanhou no outro dia. Não se assustem, eu sobreviverei. O remédio é simples, materializar essa tal epifania.
Em primeiro lugar convém dizer-vos o que me surgiu. Pois bem, ao ver uma reportagem sobre voluntários, ainda que com o aflorado característico das reportagens, eu percebi que não há dedicação mais bonita, que a dedicação ao próximo. Não precisamos de salvar o mundo para sermos heróis, basta ajudarmos uma pessoa para melhorarmos o nosso micro-mundo. Isto pode parecer uma frase feita (na realidade é), pode ser apenas uma teoria bem formulada mas que na prática não se concretiza. Ora meus amigos, pensar assim é um mal comum. Olhar para a televisão e enchermo-nos de pena momentânea e pensarmos “ah coitados dos filhos dos outros lá do outro lado do planeta”. A verdade é que esses “filhos dos outros”, por mais longínquos que pareçam, são uma realidade cada vez mais próxima. Não somos heróis por darmos uma esmola insignificante a quem nada tem, somos heróis por tentar evitar que aqueles que estão perto do abismo caiam. Se todas as pessoas mudarem a vida de uma pessoa e essa depois mudar a vida de uma outra (para melhor, no que toca a mudar para pior temos os políticos), entraremos numa espiral de entreajuda, numa aldeia global (no sentido lato da expressão), onde todos seremos vizinhos. Não precisamos de ir para África ajudar, apesar da nobreza desse gesto, basta-nos tentar ajudar aquele que mais próximo está. Oferecer o lugar num transporte a um idoso, fará com que essa pessoa não pense tão mal dos jovens. O ponto fulcral é este, mudar as mentalidades, não precisamos de ser super-heróis, usar uma capa e cuecas por cima das calças, basta sermos correctos e ajudarmos quando podermos ajudar. Os “coitadinhos” não são filhos só dos outros. Pensem que por cada pessoa que vocês achem “coitadinho”, terão outra a achar exactamente o mesmo de vocês.
I`ll smell you all later

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

500 days of Autumn


Olá amigos. Esta tarde (chuvosa) parece propiciar a escrita. São estes dias agridoces que dão sabor às coisas. A chuva molha só a quem estiver lá fora, cá dentro está-se muito bem. Uma bebida quente, uma boa música, um bom livro, ou então pipocas e filmes. É aqui que vos queria levar, ao mundo do cinema. Achei por bem revisitar algumas obras que me dizem algo. Para hoje seleccionei o encantador “500 days os Summer”. O filme começa logo com uma frase que marcará o ritmo, “This is not a love story. It`s a story about love”. Este é o mote para o que se segue. Não é uma comédia romântica, é uma história que aborda o amor de forma real.
Tom (interpretação genial do Joseph Gordon-levitt ) e Summer (Zooey Deschannel) são as personagens sobre a qual a história gira em torno. Tom é um romântico, Summer uma céptica, a inovação aqui é a forma “crua” como a história é exposta, não há dramatismos, nem happy endings, há apenas vidas que se cruzam. A Summer tem a capacidade de encher o ecrã cada vez que aparece, tem um magnetismo impossível de explicar, mas que funciona em pleno. O Tom é aquele rapaz por quem toda a gente torce. No fim a vida acontece e é isso que torna este filme tão belo. Nós conseguimo-nos identificar com os personagens, que vamos amando e odiando e amando outra vez, no decorrer da história. A juntar ao argumento existe uma magnífica banda sonora que nos vai deixar sedentos de mais. No final do filme nós só conseguimos pensar “quero ver outra vez” e é certamente o que eu vou continuar a fazer.
Por agora deixo-vos com uma das músicas do filme.
I`ll smell you all later