domingo, 19 de dezembro de 2010

"Porra, perdi o raio do comboio"


Olá amigos! Esta semana li um livro que me aguçou a vontade de observar com mais minucia o que me rodeia (“O estranho caso do cão morto” de Mark Hoddon). Não vos irei falar do livro, pois ainda não o digeri suficientemente bem, ficará para uma outra ocasião. Em todo o caso, como vos disse ainda agora, comecei a ter vontade de observar. Observar aquilo que sempre esteve à minha frente, mas que nunca vi. Sabiam por exemplo que quando passamos os olhos muito rapidamente de um objecto para outro, não vemos nada durante o tempo em que os olhos se deslocam. Ou melhor, o nosso cérebro cria uma ilusão para encher chouriços, que dá a ideia que vemos, mas a realidade é que durante aqueles milésimos de segundos, somos cegos. Assim como é verdade que olhamos para as mesmas coisas todos os dias, mas são raras as coisas que vemos e, menos ainda, as que valorizamos.
Confesso que me encaixo no perfil descrito. Porém, às vezes, lá vou tendo umas epifanias e percebo que se as coisas existem na nossa vida, então o mínimo que podemos fazer é reparar nelas. Por tudo isto, decidi observar e avaliar o significado do comboio para mim.
O comboio tem alguns estigmas. Carregam pessoas com excesso de perfume, com falta de banho, ou com uma junção das duas anteriores. Trazem carteiristas, malandros, chatos, doenças (atenção que quando falei de “chatos”, não me estava a referir à doença venérea). Enfim o comboio é tido como um guardador do que de pior existe. Por outro lado, com tantos milhões de passageiros distintos e com as suas idiossincrasias, o comboio tem também o que de melhor há no mundo.
Assumo agora perante vós, a minha incapacidade de analisá-lo durante a hora de ponta, caso contrário iria estigmatiza-lo ainda mais, porque convínhamos que nada de agradável pode advir da hora de ponta, a começar pelo nome, “hora de ponta” (ainda me hão de explicar o porquê do nome, vou-me abster de fazer piadas, pois acreditem que existem muitas).
Voltando ao tema, quando eu penso neste transporte público, eu imagino um lugar quase poético. Um lugar confortável, onde podemos ter conversas agradáveis com pessoas igualmente interessantes. Onde nos sentimos bem e não temos pressa de chegar ao nosso destino. Mas eu sou cliente dos comboios da linha de Sintra, por isso, não foi isto que eu observei. O meu comboio tem uma aparência descuidada, é medianamente confortável (para quem tem pernas curtas, para mim é um local para conhecer pernas) e é quase sempre superpopuloso. No entanto, confesso, eu gosto dele, porque me deixa pôr a leitura em dia, porque me permite ter conversas, que variam conforme a pessoa e o espírito. E, no final da tarde, quando o meu corpo e cabeça já pedem descanso, ele oferece-me 5 min, em que me deixa sozinho, em que as pessoas seguiram o seu trajecto para junto das suas famílias e fico só eu. Eu e aquele comboio descuidado e (naquele momento) muito confortável (pois ocupo os 4 bancos). Finalmente chego à minha paragem, mas não me apetece sair, apetece-me terminar aquela página, daquele livro ou revista, apetece-me ficar ali sozinho a olhar para a noite que, ainda à pouco não estava lá e, agora, se faz acompanhar pela lua.
Por tudo isto, andar de comboio até é bom.

(Ah, hoje quero-vos deixar com uma música, espero que gostem)

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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Grd natal jokinhas fofas : )



Natal. O dicionário traduz esta palavra como “festa católica que se celebra a 25 de Dezembro” e é basicamente isso. Escolhe-se um dia, dá-se-lhe um significado mais ou menos estapafúrdio (Sim, sim. O menino jesus deve ter nascido dia 25 de Dezembro). Enchem-se mesas (quem as pode encher), as pessoas mascaram-se de altruísmo e bondade para com o próximo (que no resto do ano, para a maioria, fica no bolso). Dão-se prendas (que definem o quão importante essa pessoa é para vocês, por isso se me derem bombons já sei). E depois meus amigos? Depois vêm a parte mais irritante. A “solidariedade” e os programas alusivos a esta quadra.
Natal dos hospitais, Gala de Natal do “não sei quê”, Natal das prisões, Natal dos centros de saúde, Natal dos Velhos, Natal dos novos.
Mas esperem aí, o natal não é o mesmo para todos?
Antigamente (antes do baby jesus) comemorava-se o solstício de inverno. Os egípcios já comemoram a data há milhares de anos. Curiosamente também usavam uma árvore decorativa (estão a reconhecer o padrão).
Não me interpretem mal. Não tenho nada contra o menino jesus, nem contra a coca-cola (que inventou o Pai Natal). Adoro o facto de ir à casa de banho nos centros comerciais e ser presenteado com música desta altura, que se entranha e me obrigam a cantarolá-la. Isso até é giro (não para os meus amigos claro). Também não me incomoda o facto de as pessoas andarem super felizes e entretidas (pelo menos aparentemente). O que me preocupa é o que o seu sorriso alberga. Digamos que, nesta altura, elas andam anestesiadas. No entanto, o natal não dura para sempre. Os sorrisos esmorecem e tornam em frustração. As pessoas sentem-se obrigadas a comprar e no fim esquecem-se que terão de pagar a factura.
As fachadas, máscaras, o que lhes queiram chamar, são meras camuflagens para interesses maiores. Não é com o natal que salvamos crianças, descobrimos cura para o cancro e outras doenças, nem vamos ultrapassar a crise por ser natal. Quem criou o natal foram as pessoas, ora, as pessoas são imperfeitas, por isso o natal é tudo menos perfeito. O mundo não pára de girar por ser natal, mas gira muito dinheiro para bolsos indevidos nesta época.
Se querem ajudar, ajudem! Mas não esperem pelo natal. Agora vou cair no cliché (mas aplica-se) “Natal é quando um homem quiser”. Aproveitem bem esta época, digam às pessoas de quem gostam, o quanto elas são importantes. Dêem prendas se for preciso, mas não se cinjam ao natal.

P.S. Omiti falar de doces de natal, pois sou um ávido consumista de doçaria portuguesa tradicional e não quero que me cortem a ração no dia da consoada. E para aqueles que ficaram na dúvida, eu não suporto o natal. Não se esqueçam que enquanto nós gastamos, gastamos e gastamos. Outras pessoas sentem-se miseráveis por não puder gastar. Enquanto milhares enchem os centros comerciais à noite, outros dormem em caixotes. É triste ver que é preciso ser natal para as pessoas se “lembrarem” dos outros. É ainda mais triste ver que essa preocupação não é genuína. Perdoem-me se me alonguei, muito mais havia para dizer, mas vou guardar para mim. Em todo o caso o meu conselho final é para viverem o natal o melhor que souberem, assim como todos os outros dias da vossa vida.

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sábado, 4 de dezembro de 2010

"Não me ouves, és como as couves!"


"Acreditas no amor à primeira vista, ou tenho de cá passar outra vez?" (dizem todos vocês para o meu blog).

Olá amigos! Sabem, tenho tanta pena destas frases não serem patenteadas. É que estamos perante as mentes mais engraçadas (e igualmente “badalhocas") de Portugal. Aliás, do mundo.
Mas estas expressões populares são muito mais que ordinarices corriqueiras. São, muitas vezes, expressões onde o nexo está ausente, mas que convidam a uma boa gargalhada.
A minha missão hoje é tentar desmistificar, explicar e questionar algumas expressões/ditados/afins da nossa cultura (perdoem-me se levar algumas frases à letra). Primeiro irei organizar um top 5 das minhas predilectas (aceito sugestões).

5º lugar - Diz-me quem é a tua ginecologista para eu lhe ir chupar o dedo.(ok, esta não quero explicar, há que manter o nível no blog).

5º lugar (vou repetir e deixar o antigo 5º lugar com uma menção honrosa (horrorosa). “Aí é que a porca torce o rabo”. Utiliza-se este provérbio quando algo nos desagrada. Mas já pensaram se faz sentido? Haverá uma porca a torcer o rabo de cada vez que não lhe dão ração suficiente. Serão todas as porcas contorcionistas de rabos? O rabinho da porca não está sempre, à partida, torcido? Estarão as porcas sempre tristes então?

4º lugar “Entre marido e mulher ninguém mete a colher.” Ainda bem que avisam. É que sabem, eu ando sempre com uma colher no bolso na esperança de encontrar casais a discutir para eu poder colocar a minha colher no meio. Porquê uma colher? É só para rimar? Então é estúpido!. Sendo assim também podia ser “entre marido e colher ninguém mete a Tupperware” (assim fazia mais sentido, porque às vezes durante as discussões as pessoas ficam com fome, mas não se deve pôr um Tupperware com comida durante uma discussão, tem que se esperar que acabe).

3º lugar “Focinho de porco não é tomada” (Voltando aos suínos) Ah, a sério? Então deve ser por isso que os porquinhos não têm TV no curral, não liga. De qualquer maneira o ser iluminado que criou este provérbio era um observador perspicaz e, quiçá, teve de sacrificar porcos, para provar a sua teoria genial.

(não me apetece arranjar 2º lugar, tenho muito que fazer ainda hoje)

1º lugar (em homenagem aos trolhas Portugueses (e dos PALOP e países de leste) “Deixa-me ver a etiqueta da tua camisola. Quero ver se diz 'Made in Heaven” (estavam à espera de um ordinarão, não é? Busted!)

Para finalizar, queria partilhar com vocês uma dúvida que me aflige. Estarão os homens da obras deste Portugal à espera de engatar alguém ao dizerem coisas do género “Oh boneca, se fosses de porcelana partia-te toda…”, ou “És como o caldo verde! Ficas melhor com o chouriço dentro!”. Pensarão que as meninas se apaixonam perdidamente por eles depois disto?
Por outro lado. Conhecem alguém que tenha sido engatado assim? (Sem ser daquelas meninas a pagar).

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P.S. Se ofendi susceptibilidades no público feminino peço o meu sincero perdão. Prometo não usar destes piropos com o objectivo de engate.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Greve, Gazeta e afiliados


Olá amigos! Parece-me que eles andam ai…
Quem? (perguntam vocês num coro quase ensurdecedor)
Os grevistas/manifestantes/gazeteiros/baldas.
Não me interpretem mal. A greve é um direito que nos assiste. Mas assim como tudo, é um direito que devemos usar com sapiência. Temos o direito a manifestarmo-nos e o dever de não nos perdemos nas justificações.
Lembro-me que há uns tempos houve críticas enormes porque as greves calhavam sempre às sextas, ou às segundas (curioso), então os sindicatos passaram a reivindicar greves às quartas.
E chegamos a um ponto que eu acho essencial. Os sindicatos!
Supostamente, foram criados para representar os seus trabalhadores, todavia hoje verifica-se a existência de quase um sindicato por trabalhador. Confuso não é?
O ponto chave é que os valores estão em mudança permanente. E, sinceramente, faz-me imensa confusão a manipulação a que somos sujeitos de todos os lados. Ora a comunicação social filtra informação conforme lhe convém, ora os sindicatos decidem tudo e começam a falar em nome do proletariado sem os consultar, ora o Governo diz “ma que cousa, no passa nada” (eu vi o Padrinho Part II hoje, ainda estou na onda Italiana) e para eles está sempre tudo bem. Enfim, que rebaldaria.
Os verdadeiros grevistas (cujos direitos estão a ser bem utilizados) perdem-se no meio dos outros (que sobre direitos não sabem nada). Por uns pagarão sempre outros tantos. O que outrora era um mecanismo de luta pelos direitos, tornou-se uma competição de meninos pequenos. Em que os milhentos sindicatos (criados quase de forma aleatória) tentam bater o pé ao “Big fish” (mais uma vez peço desculpa pelo meu linguajar à Dom Corleone).
No fim pagam aqueles que têm motivos para fazer greve, mas que não podem, porque os que não têm razão lhes ficaram com as vagas.
Mais que as crises, a falta de dinheiro, a negatividade. Mais que tudo isto o que me preocupa são, a falta de pensamento auto-critico, de consciencialização, a falta de valores (ou os valores trocados). As pessoas já não falam, só gritam.
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P.S. – Deixo-vos um vídeo que me fez fazer greve da sopa (greve essa anunciada à minha família através do sindicato criado por mim e que me representa a mim e ao meu cão)

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

O inconsciente, o ego, o superego, o Shrek e as cebolas.



Olá amigos! Estão bons?
Analisando o título deste post é normal que surja a dúvida: “Mas será que ele vai continuar a pôr títulos parvos?”
Não é esta a pergunta que quero. É mais: “O que raio têm o inconsciente, o ego, o superego o Shrek e as cebolas em comum?”
A resposta é clara. Shrek é o Freud dos desenhos animados, se não vejamos.
“Os ogres são como cebolas. Têm camadas” (Shrek)
“A personalidade está dividida em extractos” (Sigmund Freud)
Vêm a similitude? Não? (parvos pah)
Imaginemos que nós somos ogres (uns mais que outros) e por consequência somos como as cebolas.
Freud dizia que estávamos divididos em inconsciente (ID), Ego e Superego
Imaginem que a casca da nossa cebola (personalidade) é o ego, a camada imediatamente a seguir é o superego e a camada mais interior é o inconsciente.
Começando pelo inconsciente (a parte mais interior da cebola que nos faz chorar de forma incontrolável). Este age à revelia da nossa consciência, faz o que quer e lhe apetece instintivamente, e sem encadeamentos morais ou lógicos (é com este que além de chorar, fazemos chorar os outros). É inapto e é a primeira “camada” a aperecer.
Com a experiência externa cria-se a casca, o Ego que nos confere protecção, ajudando-nos no que toca às interacções com o mundo exterior, sendo esta a camada mais activa da nossa personalidade. Age de forma mais lógica e defendo-nos das agressões externas (por exemplo quando optamos por estar calados, para não nos zangarmos, ou quando somos parvos compulsivamente para não nos deixarmos os outros nos conhecer). Por fim temos a camada intermédia, o superego. Acabando por ser a camada intermediária e gerente do ego e do inconsciente. O superego decide quando quer deixar os outros chorar, ou quando apenas quer deixar a casca a descoberto. Sendo por isso o concelheiro moral da cebola.
E pronto, é tudo por hoje.
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segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Oh Hi there!



Olá meus amigos. Antes de mais, as minhas sinceras desculpas às inúmeras pessoas que consultam o meu blog com assiduidade (portanto as 4 ou 5, contando comigo). A verdade é que tenho andado um pouco ausente, as responsabilidades assim o obrigam (mas continuo a procurar uma espécie de magia que consiga esticar o meu tempo).
Bem, pelo menos tenho arranjado tempo para ir ao cinema (“Network” está muito fixe e o “novo” spiderman entra lá e parece ter talento). Continuo a arranjar tempo para ver uma ou outra série (agradecimento especial à meo box, que me tem deixado gravar Parenthood e How I met your mother). Anyway…
Numa altura em que tenho de me focar em cadernos contendo frases sonolentas, nada melhor que arranjar uma boa banda sonora.
Confesso ter tirado da net (ilegalmente claro) o Album do Simon e Garfunkel de 1970 “Bridge over trouble water”. Decidi então, blogar uma das músicas. O problema é que gosto de todas (E agora?).
Vou pôr duas, espero que gostem!

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terça-feira, 26 de outubro de 2010

Que mentira!


Olá amigos. Tenho uma pequena (grande) dúvida. Quem é que foi o sujeito (ou sujeita, para não dizerem que sou sexista) que inventou a mentira?
A população feminina do blog, logo se apressará a dizer que foi um homem. “Ah e tal o homo erectus chega a casa às tantas e diz para a sua mulher erectus que esteve a caçar, quando no entanto esteve erectus foi com outra”.
Por outro lado a população masculina dirá que foi a mulher; “Ah gostas da minha pancinha, achas sexy? Mentira”.
Sinceramente interessa quem tem a patente da mentira? (Se bem que eu acho que são os moços da TVI, que insistem em dizer que fazem programas de qualidade, anyway…)
Já pensaram como seria o mundo sem a mentira? Seria melhor ou pior?
“O jantar está bom filho?” “Não mãe, está uma bela porcaria!”
“Achas-me mais gorda” “Sim, pareces um barril de pólvora com um aeródromo a fazer de rabiosque!”
Enfim, concluo que a mentira (assim como quase tudo na vida) é necessária e boa, se for bem utilizada.
Não devemos mentir (como diz a minha mãe). Mas não devemos causar sofrimento e tristeza nos outros, se esta for desnecessária. As chamadas “white lies” permitem-nos viver em sociedade. Não obstante, a mentira pode se descontrolar, expandir-se e tomar proporções catastróficas (olhem para a guerra do Iraque, ou para a generalidade dos políticos).
A verdade é que sem mentira não havia cinema, teatro, literatura. A problemática surge quando o cinema extravasa para a realidade e passamos a viver num mundo feito do faz de conta.
Hoje nos dias que correm toda a gente parece ser mas não o é. Vivemos em constantes crises de identidades e, às pás das tantas, não sabemos o que é verdade e o que não o é. Isto porque quando a mentira é profunda, torna-se a nossa verdade.
Por isso; usem a mentira com cuidado e não se percam dentro dela!
I`ll smell you all later
P.S Vejam o filme “the invention of lying”, é de rir e chorar por mais.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Méeeeeeh


Olá amigos. Estão bons?
Ah! Não se preocupem, é o mesmo blog e (para o bem e para o mal) continuo a ser eu o responsável. A questão era que estava farto daquelas cores (agora que penso nisso, eram feias. Enfim, também não quero ser decorador). Sendo assim resolvi mudar a “cara” do Armagedão. Quanto ao conteúdo. Bem, esse vai continuar o mesmo.
Posto isto e não tendo mais nada a dizer (por hoje, obviamente) vou indo.
Cumprimentos,
A gerência.
P.S. Fiquem com slide away dos Oasis e (porque há coisas que nunca mudam) I`ll smell you all later.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Eutanásia

Olá amigos. Eu sei, este tema já foi muito esmiuçado. O que acontece é que enquanto as coisas não saírem do campo do “nim”, devemos continuar a falar.
Foi aprovado há já algum tempo a possibilidade de um doente escolher em consciência, como quer ser tratado quando estiver moribundo. É o chamado testamento vital. Ora, isto é um meio-termo para satisfazer os médicos que apoiam a eutanásia e os que são contra, não satisfazendo ninguém. Decide-se que não se quer ser reanimado, porém não se permite a morte medicamente assistida, mesmo que a qualidade de vida seja quase nula. Para esses casos existem cuidados paliativos (mas só para alguns).
Cuidados paliativos significam a maioria das vezes uma morte lenta e indolor de um corpo sem chama, isto se os cuidados não forem descuidados.
Sendo assim entramos num impasse em que os devotos da eutanásia querem morrer desenfreadamente às mãos de um médico. Por outro os devotos dos cuidados paliativos deixam ao cuidado de “deus” (e da morfina) o seu fim.
Pois bem, ninguém se entende. O que afinal é melhor?
Imaginem um homem que se quer suicidar, mas não se quer aleijar, então vai ao médico para lhe dar um sódio pentobarbital e morre. Isto é morte assistida ou assassinato consentido?
E os cuidados paliativos? São cuidados, ou um acto religioso para que sejam os desígnios de deus a ditar o caminho do doente (bastante drogado e provavelmente inconsciente)?
O segredo, penso eu, é o equilíbrio entre a eutanásia e os cuidados paliativos.
Não se pode generalizar. Não se pode matar por matar, nem viver por viver.
Não obstante, não se pode proibir ou restringir nem uma coisa nem outra.
Cada caso é um caso e deve ser analisado em consciência.
A vida é o bem mais importante que temos!
Quanto às palavras. Essas são maior parte das vezes proferidas com ligeireza e envoltas em superficialidade que fica bem, está na moda.
Sim à vida quando é vida. Não há vida quando acaba.

I`ll smell you all later

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Olá amigos.
Digamos que sou apologista de música com substância, em que se sintam as palavras, as pausas, enfim, em que se sinta a melodia. Assim sendo, deixem-me apresentar-vos o Sr. Jeff Buckley. Teve pouco tempo para viver, mas as músicas dele são marcas profundas da sua personalidade e das suas crenças. As letras e a melodia estão em perfeita sintonia. Tudo faz sentido nas palavras e na forma como ele as compõe. Intensidade pura. Para mim o album Grace é um dos melhores albuns alguma vez composto. Não só pela qualidade, mas, acima de tudo, porque faz sentido.
Vou-vos deixar com a música homónima do album.
Espero que gostem!

I`ll smell you all later

(Ah,para não terem trabalho em googlar a letra, eu deixo-a a seguir)

there's the moon asking to stay
long enough for the clouds to fly me away
well it's my time coming, i'm not afraid to die
my fading voice sings of love,
but she cries to the clicking of time
oh, time

wait in the fire...

and she weeps on my arm
walking to the bright lights in sorrow
oh drink a bit of wine we both might go tomorrow
oh my love

and the rain is falling and i believe
my time has come
it reminds me of the pain
i might leave
leave behind

wait in the fire...

and i feel them drown my name
so easy to know and forget with this kiss
i'm not afraid to go but it goes so slow

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Eu estou-te a ver


Orwell descreveu no seu livro “1984” o que seria um sociedade repleta de câmaras, onde todos pudéssemos ver o que outros estariam a fazer. O que naquela altura surgia como profecia da evolução dos tempos, torna-se hoje um dado adquirido. Meus amigos, nós estamos a ser escutados e vistos a quase toda a hora.
Eu passo a explicar. Numa semana onde estreou um novo reality show ao estilo Big Brother, não pensem que eles são os únicos observados. Pelo menos eles podem receber por isso.
Escutas telefónicas, câmaras de vigilância em todos os lados, até as nossas mensagens são sujeitas a um “filtro” e no caso de conterem palavras “perigosas”, podem ser coscuvilhadas.
Por isso aqueles “coitados” da TVI, não são coitados coisa nenhuma. Retardados? Talvez. Mas com certeza vão tirar o proveito que procuram, a tão almejada fama.
Sem querer entrar em críticas, pois muitas vezes aqueles que criticam são os que mais consomem esse género de conteúdos, acho que programas deste “calibre” são uma amplificação do que existe no nosso dia-a-dia. Afinal de contas, tudo se vê, tudo se sabe, tudo se ouve.
Assustador? Sim, muito.
O mais arrepiante são as audiências de tal género de concurso. Isso significa que nós somos os arquitectos da sociedade que temos. Se corroboramos comum programa assim, então temos de aceitar o que existe à nossa volta.
Nós espiamos a vida dos outros na esperança que a nossa faça sentido. Procuramos a desgraça alheia, para podermos relativizar a nossa. Gostamos de ver pessoas a “cair” , porque nós nem tentamos andar.
Olhar para a vida dos outros faz-nos muitas vezes sentir melhores, mas não melhora a nossa vida, apenas a tapa.
Por todas estas razões, não sou hipócrita ao ponto de “bombardear” este género de conteúdos, porque o conteúdo existe conforme a procura. A verdade é que até nós decidirmos que este tipo de coisas já não fazem sentido, elas vão continuar a saturar a nossa vista, vão cansar-nos (ou não) e apenas nós temos poder para dizer “basta”, ou continuar.
A escolha é vossa!

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terça-feira, 28 de setembro de 2010

BUUUUH


Medos. Vimemos muitas vezes em função deles. Escondemo-nos deles, fugimos deles.
Toda uma parafernália de esquemas manhosos para não lidarmos com estes “senhores”.
Todavia, deixamo-nos muitas vezes afectar e o nosso sistema manifesta-se sobre a forma de nervos.
Nervos significam responsabilidade, podem ser construtivos, mas quando descontrolados podem ser redutores. Depois vêm os ataques de pânico, o tique tac desenfreado da nossa máquina, a sensação incapacitante, o sufoco iminente, o mundo visto de forma turva.
Existem medos que se transformam em fobias.
Sabem uma que não gostava de ter? Pantofobia (não, não é medo de pantufas, se bem que algumas podem ser assustadoras). Esta fobia significa muito simplesmente ter medo de tudo.
Acham impossível? Ponham-se na vossa pele. Quantas vezes não saíram de casa com medo de serem assaltados? Quantas vezes deixaram de fazer aquele convite, com medo da rejeição? Quantas vezes evitaram passar por aquele sítio escuro e poeirento, com medo do que de lá pudesse surgir? Quantas vezes encobriram uma mentira, ou omitiram, com medo de represálias? Quantas vezes viram uma pessoa aflita e não fizeram nada, por não saberem bem o que fazer?
De certeza que isto tudo já vos sucedeu, acontece que quem sofre de Pantofobia vive estes medos de uma forma muito mais intensa, quase paranóica.
Ora vamos lá ver, apesar disso, nós acabamos por ser um pouco pantofóbicos, limitamos a intensidade dos momentos, com medo que dessa intensidade venha a resultar algo doloroso.
Obviamente não podemos seguir à risca o cliché “vive cada momento como se fosse o último”, caso contrário iria ser muito penoso (“ai pai, eu sei que me mandaste comprar batatas, mas não resisti em comprar aquele LCD, olha não tens dinheiro na conta está bem?”). No entanto, não podemos viver em função do medo. Fujam quando tiver que ser e enfrentem-no nas alturas certas.
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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Que raio de ideia é essa, hein?


Olá amigos. Sem mais rodeios, hoje vou falar-vos de mudanças de opinião.
Mas o que distingue uma opinião de uma ideia? Bem, uma opinião deverá ser ponderada, alicerceada, tendo por base a nossa cabeça e não uma simples reprodução da opinião dos outros. Se é uma opinião correcta? Não, pois é apenas uma opinião. Mas por ter uma base devidamente fundamentada, é pois difícil de “arrancar”.
Quanto às “ideias”, essas são mais vagas. São, muitas vezes, supérfluas, artificiais (não são nossas), enfim as ideias vão e vêm, as opiniões são mais permanentes.
Agora, pensando melhor, vou falar-vos de mudanças de ideias (foi preciso dar-vos seca para perceber que queria antes falar disto, perdoem-me meus caros blogueiros armagedistas).
Uma ideia foge num ápice, se não vejam os jornais. Quem ontem foi o salvador, hoje é o idiota (e não, não estou a falar de ninguém do futebol, é no geral).
Por isso mudar de ideias é normal, pode ser saudável e é muitas vezes essencial para crescermos.
Agora não se esqueçam que com algumas mudanças de ideias, advêm mudanças de cenários, de guiões, de enredo, de protagonista (sim, sim, lá estou eu a tornar a vida num filme).
A vida é isso mesmo, um filme (agora limitado a 3h, não podem haver filmes mais longos que isso, o Avatar tinha 3h30 min, teve de ser cortado, thanks lord). Anyway, com o decorrer das filmagens, o filme pode ir mudando de rumo, às vezes isso reflecte-se nas receitas de bilheteira, mas talvez se deva sacrificar as receitas em nome da qualidade, não é?
Bem, vou deixar-vos uma música que muito me diz…
Dá-lhe Jamie!

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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Popcorn time


No outro dia fui ao cinema (nada de novo, visto que o faço com alguma assiduidade).
O filme alvo foi The Box, por sinal baseado num episódio da série Twilight Zone (Button Button ), que me fez pensar. Hoje vi outro filme (ok, no meio destes dois sou capaz de ter visto outros tantos). No caso de hoje o filme que, finalmente, visionei foi Before Sunrise.
Em comum têm o facto de terem diálogos intensos e fabulosos, para além de uma forma de serem filmados muito rara nos dias que correm. Bem, é melhor apresenta-los um a um.
The Box é um filme do Richard Kelley (Donnie Darko), com a sempre bela Cameron Diaz (a melhor interpretação dela até hoje). A história é simples; dão-vos uma caixa com um botão e, no caso de o pressionarem, ganham um milhão de dólares, todavia uma pessoa morrerá. Que fariam vocês?
Eu (como estou sempre a dizer) não gosto de spoilers, por isso não me vou adiantar muito na história. Digo apenas que argumentos destes quase nos obrigam a repensar a nossa condição humana. Conseguiremos ter atitudes verdadeiramente altruístas, totalmente desprovidas daquele interesse inerente a quase todas as nossas acções?
Além disso o ambiente recriado no filme é genial. O tipo de filmagem (acho que se diz Mise en scène) é sufocante, obriga-nos a estar atento e teletransporta-nos para a realidade da acção.

Agora falemos de Before sunrise. É verdadeiramente um filme envolvente e que transpira sinceridade. Dois estranhos (sexos diferentes, se não o que vos contaria a seguir ficaria mais alternativo) conhecem-se num comboio e Jesse convence Celine a sair ligeiramente mais cedo do transporte a fim de ir passear com ele o dia a Viena (era suposto ela ir para Paris).
Os planos de Viena são muito vistosos e existem alturas em que a cidade se torna protagonistas e os protagonistas espectadores da cidade. Quanto às falas dos personagens, o que posso dizer é que são de tal modo normais, que acabam por ser marcantes. Isto porque os diálogos não se querem pomposos e pretensiosos, querem-se crus, reais, substanciais, que contem a história sem rodeios e “empiriquitamentos”. Esta história torna-se bela, precisamente por se centrar nas palavras e não no show off.
Enfim, acho que acertei nos filmes.

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terça-feira, 7 de setembro de 2010

Setembro sempre tu


Ai sweet September! Sweet o tanas! Com a breca meus amigos, estava eu tão bem em agosto e…Puff. Setembro. Sabem o que isso significa? Que agora o meu horário vai ser outro (ou melhor, vai passar a existir). Nos poucos dias que este mês tem posso, desde já dizer, que, juntamente com muitos estimados companheiros, bati o recorde de tempo jogado do fantástico Trivial Pursuit edição do ano 1825 (e não! Não era o Trivial Pursuit da Playstation ou do PC, era um bem poeirento).
Novo mês, novas decisões a serem tomadas, mudanças, adaptações, enfim tudo o que o início de um ciclo representa. Coisas boas, coisas más, a vida a seguir o seu rumo. Nunca me podendo esquecer que sou eu que giro à volta do mundo e não o contrário.
Mais um mês, mais um ano (talvez seja desta que ponho em prática tudo o que prometi em anos transactos, talvez não).
Bem, ficou aqui o meu desabafo.
“Now I'm going through changes”

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Faith

“People are strange, when you're a stranger, faces look ugly when you're alone” (Doors)
Hoje não gosto especialmente do tema de que vos venho falar… Pessoas.
Pessoa – No tempo dos romanos pessoa significava máscara. Os actores daquela época “apessoavam-se” e desempenhavam assim o papel de “pessoas”.

Hoje em dia ser pessoa implica ser racional e pensante. John Locke (e não, não é o Locke do Lost) define uma pessoa como 'um ser inteligente e pensante dotado de razão e reflexão e que pode considerar-se a si mesmo aquilo que é, a mesma coisa pensante, em diferentes momentos e lugares'.", isto é, pessoa que tem consciência da “pessoa” que é (perdoem-me a redundância, mas quero mesmo ressalvar o sentido desta palavra).

Após uma primeira análise vemos que a palavra em si sofreu uma evolução, passou de uma simples máscara para um ser vivo. Todavia, a nova geração de pessoas também usa uma “máscara”, que muitas vezes cai e é por isso que eu cada vez mais gosto de animais e perco toda a minha fé nas pessoas.

Isto de ter consciência do que somos, torna-nos responsáveis pelos nossos actos não é? Bem, o que eu acho é que com tal poder devíamos evitar certas inconsciências. Se temos assim tanta percepção de nós próprios, porque raio estamos sempre a ceder aos nossos instintos mais irracionais? Como dizia o tio do Peter Parker, “With great power comes great responsability”. Por vezes esquecemo-nos do poder que temos.
Volto a frisar “people are strange” e acrescento (vou adulterar uma frase do meu filme favorito, vejam se descobrem qual é), People are like boxes of chocolat, you never know what you gonna get”
Sim, somos todos uma cambada de mascarados, só que às vezes a máscara é nossa, outras vezes não e acaba por cair. Enfim, “That`s just the way it is”
Deixo-vos com o Sting (é uma pessoa bacana)



I`ll smell you all later

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

O sonho do sonho do sonho


Olá meus amigos! Estamos no auge na silly season. Está tudo em modo de férias.
Na tv reinam as reposições, no cinema os blockbusters desconchavados.
Porém não se pode generalizar. Na TV estão a repor “Conta-me como foi”, uma das series portuguesas que, pese o facto de ser uma adaptação espanhola, tem uma autenticidade e uma genuinidade magistrais, verdadeiro serviço público.
Quanto à sétima arte, numa época que se pensa tola em termos cinematográficos, temos sido bafejados com blockbusters que conseguem alhear à parte comercial a parte criativa. E como isso é difícil nos dias que correm!
Destaco o Toy Story 3 e o Inception. Um marca o fim de uma era o outra pauta o inicio de um novo género.
Quem cresceu com o Toy Story, como eu, sabe quão imperdível seria este filme e assim foi.
As surpresas começaram logo no inicio, com a curta “Night and Day” (não confundir com o filme da Cameron), bem, mas como não gosto de spoilers não vou adiantar nada desta curta, digo apenas que… Adoro as curtas metragens da Pixar.
Falando agora do Toy Story…. “Crianças deixem passar que este filme é mais para nós do que para vocês” , esta frase correu mundo e não poderia estar mais acertada.
Este filme dito para crianças, põe a minha geração em pulgas. Os filmes deviam ser todos assim, acabarem quando devem acabar, sem serem esticados e perderem qualidade. Toy Story não só não perdeu, como ainda ganhou. O que ganhou? Sem querer avançar muita coisa, tenho mesmo de dizer que… O Buzz vai falar espanhol (ai, como eu chorei a rir nessa parte).
Um termina outro começa.
Inception é o inicio definitivo de um novo género cinematográfico, O género Nolan. Cristopher Nolan consegue sempre deixar a sua marca em todos os seus filmes, mesmo quando deambula entre géneros, desde a ficção científica, à acção, enfim, é o estilo dele.
Em inception verificamos que a única pesquisa que ele fez para fazer o filme foi à sua própria cabeça. Este realizador ganha por ter um poder estrondoso de observação, conseguindo passar para a tela tudo a que se propõe. Neste caso ele não se limita a sonhar, ele sonha com o sonho do sonho. Além disso consegue planos majestosos (Em 2D, portanto não precisam de usar óculos totós).
Querem saber mais? Vão para o cinema e vejam, que eu não sou vosso criado.
Querem 3D? Vão ao teatro (ou vejam o Toy Story 3, mas só mesmo porque não há em 2D)
Fui um pouco agressivo hein? Bem, agora vou ser fofinho.
Vejam se aproveitam para ir ao cinema, teatro, jardins, praias, acampar, namorar e não se esqueçam de cuidar dos vossos animais, tem estado muito calor, não se esqueçam de lhes dar água, comida e pelo menos 5 min. de atenção. Não pensem só em vocês!


I`ll smell you all later

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Isso não é voar, é cair com estilo!



Olá amigos! Confesso que, ultimamente tenho andado um pouco afastado do blog. Não pensem que a culpa é minha, pelo menos eu reparto-a com todas as coisas a que eu tenho investido tempo. Mas hoje vou voltar à carga no blog.
Sabem que mais? Estreou esta quinta o Toy Story 3 (já estreou lá para os lados do tio Sam à umas semanas mas enfim, deve ter vindo de barco para Portugal e lá se demorou mais). Há anos que esperava por isto, cresci a pensar que os meus bonecos se mexiam, porque depois de brincar com eles, tinha uma enorme dificuldade em reencontra-los.
D.T. (Depois de Toy Story), quando a minha mãe dizia “ Nunca sabes onde pões os brinquedos”, eu respondia, “Mãe, vê o Toy Story, a culpa é deles!”.
E assim a Pixar e a Disney voltam à carga com (espero eu) um dos melhores filmes do ano, se não for, vale sempre a pena ir ao cinema, ainda que não seja para prestarmos homenagem ao final desta trilogia que marca a minha geração. D.T. eu nunca mais arrumei o quarto. “Oh mãe, as calças e as T-Shirts têm vida própria, conspiram contra mim, juro que elas estavam arrumadas!”

Deixo-vos com o lendário "sou teu amigo sim"


To the infinity and beyond

quinta-feira, 15 de julho de 2010

xxxxxiu


Música baixinha, luz a meio gás (eu sei que faz mal aos olhos), palavras a não querer fluir. Há algum médico na sala?
Acho que os meus batimentos cardíacos, não são os mesmos.
Enfim, o que acabei de descrever, muitos já sentiram e viveram, por razões diferentes.
As cores que o vosso coração tem no momento em que sentem tais coisas, vão ser o presságio, do que tais sintomas significam.
Eu explico, estes sintomas podem significar, simultaneamente ou individualmente um batalhão de coisas. Amor, ódio, angústia, dúvida, dor, tensão alta, não se ter pago a conta da luz (dai a luz a gás). Quiçá, tudo junto.
Um coração embrulhado em negrume, apaga sorrisos, consome almas. Um coração que imane todas as cores, emite branco e é assim que deve ser um coração. Claro, límpido e multifacetado!
O meu hoje está para o preto (deve ter sido alguma coisa que comi).

Bem, para terminar e em altura de Cool Jazz Fest (a decorrer entre Mafra e Cascais), deixo a minha contribuição (grande música, grande voz).
I`ll smell you all later


sábado, 10 de julho de 2010

The Invisible


Baseado no romance homónimo de Christine Roum e realizado por David S. Goyer (argumentista de Flash Forward, Heroes e do filme The Dark Knight); The Invisible é um filme (e um livro), que não nos deixa indiferentes.
O conceito é uma metáfora à humanidade. Nick Powell é um jovem adolescente brilhante,mas um pouco egocêntrico, a ultrapassar a morte recente do pai. A sua mãe é uma “workaholic”, que o quer dissuadir do seu grande sonho, ir para o Reino Unido tirar um curso de literatura.
Sem querer adiantar muito do filme, o momento em que a história nos é apresentada, é quando, no dia em que ele decide fugir para o Reino Unido, é espancado por um Gang de adolescentes, que o pensa ter matado. Porém, ele permanece meio vivo, ou meio morto, depende da perspectiva filosófica da coisa. Nick atinge a fronteira ténue de uma morte/vida latente. O problema, é que ele pensa estar vivo e começa a pairar no mundo como uma espécie de homem invisível. Quanto ao seu corpo, bem, esse continua enterrado e prestes a sucumbir, só que ele não se apercebe, inicialmente, disso.
Quando finalmente compreende a sua situação, luta contra o tempo para se salvar e fugir da sua invisibilidade e poder, finalmente, viver.
Pois bem meus amigos, conseguimos facilmente adaptar esta história, a muitas “histórias” de pessoas que conhecemos. Obviamente essas pessoas não incorporam o Homem invisível de forma literal, mas acabam por ser “invisíveis”, porque se escondem da vida. Por medo talvez. Medo de errar, de sofrer, de morrer. Só que isso faz parte da nossa experiência aqui. Temos que nos consciencializar que somos virgulas no universo, não somos pontos finais. Por isso quando estamos em cima do muro, temos de escolher para que lado queremos saltar, se não vamos estagnar no cimo de um, qualquer, muro sem que ninguém nos possa ver, conhecer e, quem sabe (não garanto), gostar de nós.

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domingo, 27 de junho de 2010

Oceano Pacífico


Olá amigos! Did you miss me? Tenho andado um pouco ocupado com as minhas coisas e não tenho tido lá muito tempo para dar atenção ao meu blog. Anyway (e enquanto não conseguir que o meu dia tenha 26h) lá vou tentando arranjar um bocadinho para escrever.
Pois bem, hoje vou falar-vos do meu amigo João Chaves (apesar de ele não saber quem eu sou). Ele é o apresentador do programa radiofónico "Oceano Pacífico" (RFM). Ao longo destas ultimas décadas ele tem-nos sabido "dar música" , faz-nos companhia escolhendo a playlist ideal para se relaxar enquanto se estuda, para adormecer, para dedicar músicas na rádio. Enfim o Johny é o maior da aldeia. Ele juntamente com o seu inglês "labregão" ("e agora fiquem com Ai Donta wanna miss a shing dos Arosmid"), tornam algumas das minhas noites mais agradáveis. Isto sim é serviço público.

Vá, e agora vou ligar a rádio no Oceano Pacífico, espero que não se afogue (Ok Ok, foi uma péssima piada, mas eu prometo não a reproduzir novamente)

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sábado, 12 de junho de 2010

Apita o comboio


Nós fugimos do tempo a sete pés. Só é pena não nos conseguirmos esconder. As memórias são o resultado do tempo que parece tão perto, mas já está tão distante.
Quando temos 10 queremos ter 20, quando temos 20 queremos ter dez.
Quando alcançamos os 40, queremos ter 20.
Bem amigos, a verdade é que o tempo segue o seu caminho a eito. Não o podemos parar, recuar, ou enganar. Só nos resta fazer correr o seu rumo da melhor maneira que consigamos.
Apesar da teoria, na prática torna-se impossível aceitar o curso imutável que a nossa vida, por vezes, segue.
Recriar o que foi, imaginar o que vai ser, falhar redondamente nas duas acções; fazemos isto constantemente.
No final, podem-nos roubar a juventude, mas não nos roubam a alma. Essa permanece com a idade que lhe quisermos dar.
Eu cá, apetece-me ter 5 anos (só hoje, prometo). E vocês?

“Stop this train
I want to get off and go home again
I can't take the speed it's moving in
I know I can't but honestly won't someone stop this train”
(tinha mesmo de plagiar esta estrofe do meu amigo John (Mayer), deixo-vos a música a seguir (oiçam-na, que não se vão arrepender).



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segunda-feira, 7 de junho de 2010

If I ruled the world

"O que fazia se mandasse no mundo?" Todos já fomos questionados e já questionámos acerca disto.

Mas será que já pensámos, verdadeiramente, o que faríamos com tal poder.

Eu cá tenho umas ideias.

E o Jamie também (partilho algumas das dele)



If I ruled the world,
Every day would be the first day of spring.
Every heart would have a new song to sing,
and we’d sing of the joy every morning would bring.


If I ruled the world,
Every man would be as free as a bird.
Every voice would be a voice to be heard,
take my word we would treasure each day that occurred.


My world would be a beautiful place
Where we would weave such wonderful dreams.
My world would wear a smile on its face,
like the man and the moon has, when the moon beams.


If i ruled the world,
Every man would see the world was his friend. Yeah
There’d be happiness that no man could end,
no my friend, not if i ruled the world.


Every hand would be held up high,
There’d be sunshine in everyones sky.
If the day ever dawned,
will i rule the world.


Every hand would be held up high,
Every star would shine in everyones sky.
If the day ever dawned,
will i rule the world.



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domingo, 30 de maio de 2010

Where are the good people go?


“Não gosto de pessoas” … Uso esta frase muitas vezes e, sim, eu sei que também sou uma pessoa (em principio).
Eu passo a explanar. Obviamente, não odeio a raça humana (apesar de gostar mais dos meus cães do que de muita gente), o que me irrita é a condição de falta de abnegação e a crescente alienação do mundo.
As pessoas queixam-se e queixam-se. Até os mais insignificantes problemas tornam, rapidamente, em dúvidas existenciais (eu próprio sou assim muitas vezes). Somos incapazes de olhar para o lado, vivemos a pensar que apenas o nosso umbigo tem importância. Desvalorizamos todo e qualquer problema alheio e muitas vezes a desgraça alheia só serve para nos massajar o ego e nos tirar da condição de miseráveis.
O egoísmo vigora em grande parte das nossas atitudes, enfim, às vezes ser “humano” é tentar contrariar a nossa própria natureza de desumanos.
Precisamos de chapadas na cara para percebermos que o mundo não é um círculo fechado em nós. Só quando sentimos aquela sensação de perda é que decidimos deixar de ver só o nosso lado e nos apercebemos que há mais gente a respirar o mesmo ar.

É por isso que devemos contrariar o que “supostamente” nos é intrínseco.
Até porque, é por comodismo que agimos assim. Dá muito trabalho ser genuinamente interessado nos problemas que não nos afectam directamente.
Mas não quero generalizar. Todos temos este lado mau,é verdade, não obstante, o nosso lado bom (que em principio coabita com o outro “mauzão”) também influencia as nossas decisões. Cabe-nos agora escolher o lado que queremos seguir.
Eu cá acho que já escolhi o meu (apesar de ás vezes não o seguir). Porque no final… Nobody's perfect.



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sábado, 29 de maio de 2010

A curiosidade matou o gato


Olá meus amigos. Confesso, desde já, ser um fã do funky pop feito no reino unido nos anos 80. Bandas como os Level 42 e Curiosity kill the Cat são boas influências na minha vida, isto apesar de na altura de actividade maciça destas bandas eu ainda ser um feijãozinho em prospecção de um sítio para acampar.

Confesso que tive dificuldade em escolher uma música para vos sugerir, por isso escolhi duas (uma de cada banda)

Espero que gostem!





I`ll smell you all later

sábado, 22 de maio de 2010

"Run Forrest! Run!"


Olá meus amigos. Hoje resolvi falar-vos num dos filmes da minha vida, Forrest Gump.
Com o cunho de Robert Zemeckis e o argumento de Eric Roth (também fez o Estranho caso de Benjamin Button), este filme é, sem dúvida, um marco na História do cinema Americano da segunda metade do século XX. Consegue contagiar as massas e convencer os mais cépticos dos críticos. Tem a capacidade de fascinar pela sua simplicidade e ao mesmo tempo cativar com a profundidade dos diálogos. Obriga-nos a rir e a chorar, a reflectir e a desanuviar um pouco. Entretém o público sem, no entanto, nunca cair na banalidade. É no fim de contas, para mim, a melhor dissecação da sociedade Norte Americana (cheia de incongruências, defeitos e virtudes) vista num filme. Tem a terra do tio Sam no plano de fundo. Aliás, Os U.S.A acabam por ser um dos “actores” principais deste filme, juntamente com o Tom Hanks (que nos brinda com uma interpretação simplesmente única) e com a Robin Wright a ser o seu par perfeito.
O filme começa com o Forrest, sentado num banco ao lado duma senhora idosa, a contar a sua história (E que história!). Através das suas palavras somos transportados para realidade americana, desde a altura da segregação das raças, passando pelos confrontos armados, até ao aparecimento do vírus que viria a ser conhecido como SIDA.
Bem, não quero aqui revelar mais do que trata o filme, pois apesar de muitos já o terem visto, outros tantos provavelmente não e eu não gosto de spoilers, por isso… Aluguem o filme se faz favor que, garanto-vos, não se vão arrepender. Forrest dá-nos um ensinamento de vida…
A mensagem é clara; a única limitação que a vida tem, é quando ela acaba, por isso não acreditem em impossíveis e nunca se deixem inferiorizar por supostas pessoas “superiores” intelectualmente ou fisicamente. É como o Forrest diz: “Stupid is as stupid does”.
A frase (aquela que mais me marcou): My momma always said, "Life was like a box of chocolates. You never know what you're gonna get."
Eu cá adoro chocolates! Vocês não?

I`ll smell you all later

domingo, 16 de maio de 2010

Caos


O caos é uma ordem por decifrar (José Saramago)

Não acredito em acasos... Não acredito em acontecimentos predefinidos, em futuros traçados.
Acredito, antes, que o caos é a origem e a razão de tudo o que se passa. Porém, creio que o caos existe sobre a forma organizada. Passo a explicar:

O destino é um encadeamento de razões e situações aleatórias que vão passando por nós ao longo da nossa vida. Ora, esta teia de aranha tem vários caminhos aparentemente desorganizados e a escolha desses caminhos define o nosso futuro. Sendo assim, o caos é o sistema mais organizado que existe! O problema é que não há maneira de perceber a sua estrutura. Isto porque, o ser humano procura lógica organizativa num conceito que possui uma "lógica aleatória", logo é nos praticamente vedada a hipótese de decifrar este labirinto.
Daí mostrarmo-nos muitas vezes estupefactos por determinados acontecimentos "sem sentido". Pois bem meus amigos, é o caos que confere sentido a essas situações...

"O bater de asas de uma simples borboleta poderia influenciar o curso natural das coisas e, assim, talvez provocar um tufão do outro lado do mundo" (teoria do caos, ah e esta frase também aparece no filme Efeito borboleta).

Let the chaos be with you all!

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terça-feira, 11 de maio de 2010

Saudade


Olá amigos! Já repararam como esta semana andamos todos anestesiados. Há mais de uma semana que não oiço a palavra crise … Parece que acabou. Primeiro, porque o Benfica foi campeão (feriado nacional e viva o S.L.B.) e agora porque o Sr. Papa está cá. Obviamente não podemos mostrar ao Papa que somos pobres. Enquanto ele estiver aqui somos uma espécie de país nórdico super rico e evoluído…
Bem, mas não é isto que vos trago hoje. Vim-vos falar da palavra mais portuguesa de Portugal, Saudade.
Saudade é uma palavra tipicamente da língua portuguesa (sem tradução em nenhuma outra língua) e que se mantém enraizada na nossa cultura há já longos anos.
Reza a lenda que foi durante a época em que Cabral se dirigia para o Brasil, que essa palavra nasceu. Talvez devido a solidão tipicamente ligada ao mar.
É também muitas vezes cantada no nosso estilo musical “portuguesíssimo”, o fado. Mais do que simples melancolia e solidão, saudade é um estado de espírito difícil de caracterizar. Nem sempre é mau sentir saudades. Recordar momentos, pessoas, enfim, recordar traz saudade e mostra que os momentos bons permanecem num cantinho muito dentro de nós.
Todavia, não se pense que tal conceito está relacionado com o tempo. Eu posso sentir saudade de uma pessoa e ter estado com ela 5 min. antes. Trata-se da importância que essas pessoas, esses momentos, esses sentimentos, esses bolos da avó (com um cheirinho tão bom) têm para nós.
Espantem-se agora! O olfacto é o sentido que mais se relaciona com a saudade.
Estudos indicam que quando nos sentimos mais melancólicos, quando temos aqueles flashbacks em que viajamos acordados, o responsável é o Sr. Nosso Nariz.
Quantas vezes não entramos num sítio e sentimos aquele aroma no ar e, de repente, viajámos para um outro lugar (a galaxy far far away).
Bem meus amigos, não sou saudosista, porém como diz o Victor Espadinha “recordar é viver”, por isso não fujam da saudade, ela está intrínseca em nós e faz bem vivencia-la às vezes. Ensina-nos a dar valor às coisas.
Deixo-vos com uma música dos Beatles (muito fixe por sinal).

I`ll smell you all later

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Pen Miau



Bandas sonoras são a alma de qualquer filme. O meu filme anda a ser feito aos pouquinhos.
Confesso que às vezes não sei bem o rumo que lhe deva dar, de qualquer maneira, a imprevisibilidade torna qualquer filme bem mais interessante.
Mas chega de divagar por hoje. Foi uma semana estafante, quero terminar da melhor maneira.

Para isso, nada melhor que vos deixar com uma música que, claramente, entra na minha banda sonora. Ah, antes que me esqueça. Deixo aqui o meu profundo agradecimento à Pen drive que me deu esta música. Ela fala “Gatês”, por isso deixo aqui o meu sincero e fofinho “Miau”.



I`ll miau you later!

domingo, 2 de maio de 2010

Mum


O wikipédia diz que mãe “é o ser do sexo feminino que gera uma vida em seu útero como consequência de fertilização ou que adopta uma criança, que por alguma razão não pôde ficar com os seus pais”
O dicionário ainda é mais parco em palavras, considera que mãe é uma “mulher que tem filhos”
Ufa, ainda bem que a minha mãe não lê dicionários, passar-se-ia com os senhores (homens de certeza), que o escreveram. Ela que está-me sempre a dizer… “filho, quem tem mãe tem tudo”, além disso está-me sempre a avisar que tenho de lhe dar valor, porque tudo o que ela faz (inclusive obrigar-me a ver a tvi) é para meu bem.
Diga-mos que esta última parte é bem discutível. Apesar de me ser difícil definir o que é ser mãe (pois em principio nunca o irei ser), há uma frase que eu gosto bastante e que ilustra o que é o amor de uma mãe… “Minha mãe me deu ao mundo de maneira singular me dizendo uma sentença para eu sempre pedir licença, mas nunca deixar de entrar..." (Caetano Veloso). A verdade é que ser mãe é uma enorme contradição. Elas querem que nós (os filhos) sejamos felizes, querem que aprendamos a voar, querem-nos ver realizados… MAS… Não querem que a gente se afaste mais de 100 m delas, talvez com medo que nos possamos aleijar. O que as galinhas fazem irracionalmente com os pintinhos à nascença, as mães humanas fazem a vida toda com os seus filhos.
Não são perfeitas, mas no fim é a elas que recorremos quando o mundo nos vira as costas.
Eu cá gosto muito da minha (quase sempre)! Devo-lhe tudo o que sou e o que ainda vou ser (bem tudo, tudo não, mas uma grande parte).



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sábado, 1 de maio de 2010

You me at six



Olá amigos. Ultimamente não tenho escrito tanto como queria. A máquina de escrever anda com pouca tinta. Apesar de tudo, não pensem que me esqueci de vocês!
E quando não há palavras para escrever a melhor forma de comunicar é a música, não é?
Para hoje trago-vos uma banda punk britânica. Conheci-os recentemente, mas já os considero meus amigos.

You Me at Six ok?



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terça-feira, 27 de abril de 2010

3 Portas Abaixo


Olá amigos. Bem, hoje venho-vos falar (caso ainda não tenham percebido) dos 3 Doors Down. Banda originária do Mississipi (o pior estado Americano, é a Amadora dos States), porém isso não impediu aqueles três amigos (Matt, Todd e Brad) de tentarem a sua sorte no mundo da música.
O primeiro obstáculo deles foi o facto de nenhum ter cantado na vida. O Brad Arnold era baterista, o Matt Roberts guitarrista e Todd Harrell o baixista. Foi então que o Brad disse "Eh pah, eu acho que posso tentar cantar até arranjarmos um vocalista decente", pois, o certo é que ele gostou tanto de cantar que se mantém como vocalista (e dos bons) até hoje.
Próximo passo: arranjar um nome.
Para quem pensa que a solução não está ao virar da esquina, desenganem-se! Estavam os três amigos no cruzamento de uma rua e o Brad reparou num cartaz (colado num prédio). Estava em más condições mas dava para ler o fim, que dizia "Doors Down". Então o Brad sugeriu, "Olhem lá e se o nome da banda ficasse 3 Doors Down? Somos três e Doors Down soa-me bem", eles replicaram imediatamente "eh pah oh Brad, és muita labrego!". Nasceram assim os 3 Doors Down. Importa reter que, obviamente, os diálogos não foram exactamente assim (foram ditos em estrangeiros), se fosse em Portugal a banda arriscava-se a chamar "Remax", "Era", ou então, "Ilizete Imobiliária".
Agora que já tinham vocalista e nome faltava o mais importante, fazer música fixe.
E assim aconteceu!
Deixo-vos com Duck and Run. Grande música e grande videoclip, muito bem dirigido pelo senhor Marc Webb (realizador do filme 500 days of Summer).



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domingo, 25 de abril de 2010

Ary


Olá meus amigos. Começo este post por vos revelar os meus poetas portugueses preferidos do século XX. São eles, David Mourão Ferreira (O lamechas), Fernando Pessoa (O esquizofrénico) e Ary dos Santos (O intervencionista). Por hoje, vou-me limitar a falar do Ary.
Meu deus! Lá escrever ele escrevia. Que espadas aguçadas ele empunhava contra os malfeitores da altura. Usava as palavras como armas, de uma forma que mais ninguém sabia. Camuflava as balas (enfim, e o pessoal da PIDE não era muito esperto, o que tornava a missão dele bem mais fácil), além disso era um autor. Escreveu para a Simone de Oliveira, para a Amália, para o Fernando Tordo (a música Tourada é um verdadeiro hino contra a opressão do regime que vigorava em Portugal).

Ele era um lutador, não se vergava a ninguém e as suas palavras ficaram para sempre.

Actualmente existe um grupo de meninas (Rua da Saudade é o nome do grupo) que o homenageiam, recriando músicas por ele tão bem escritas.
E como é bom relembrar quem tanto fez por este pais. Não é só com força bruta que se faz revoluções, as palavras também revolucionam.

Deixo-vos agora com o meu poema preferido dele.


O Cacilheiro
Ary Dos Santos

Lá vai no Mar da Palha o Cacilheiro,
comboio de Lisboa sobre a água:
Cacilhas e Seixal, Montijo mais Barreiro.
Pouco Tejo, pouco Tejo e muita mágoa.

Na Ponte passam carros e turistas
iguais a todos que há no mundo inteiro,
mas, embora mais caras, a Ponte não tem vistas
como as dos peitoris do Cacilheiro.

Leva namorados, marujos,
soldados e trabalhadores,
e parte dum cais
que cheira a jornais,
morangos e flores.
Regressa contente,
levou muita gente
e nunca se cansa.
Parece um barquinho
lançado no Tejo
por uma criança.

Num carreirinho aberto pela espuma,
la vai o Cacilheiro, Tejo à solta,
e as ruas de Lisboa, sem ter pressa nenhuma,
tiraram um bilhete de ida e volta.

Alfama, Madragoa, Bairro Alto,
tu cá-tu lá num barco de brincar.
Metade de Lisboa à espera do asfalto,
e já meia saudade a navegar.

Leva namorados, marujos,
soldados e trabalhadores,
e parte dum cais
que cheira a jornais,
morangos e flores.
Regressa contente,
levou muita gente
e nunca se cansa.
Parece um barquinho
lançado no Tejo
por uma criança.

Se um dia o Cacilheiro for embora,
fica mais triste o coração da água,
e o povo de Lisboa dirá, como quem chora,
pouco Tejo, pouco Tejo e muita má


Não gosto de ver o cacilheiro partir... Deixa sempre saudade. Bem, mas como ele retorna, eu lá me aguento. Anyway, O senhor Ary era o maior da aldeia!

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terça-feira, 20 de abril de 2010

Beatles


Bem, numa semana onde encontraram LSD (pré-histórico) no quintal do Sr. John Lennon (espero que não vasculhem o meu! Se bem que só vão encontrar ossos), decidi-vos deixar uma música da banda de garagem dele (uns tais Beatles, acho eu).
Apesar de o John e o Paul serem os mais conhecidos, eu gosto mais do George, mais discreto e, na minha opinião, o melhor compositor.
Só é pena que nunca ninguém se lembre dele (pior que ele, só o Ringo). Lembrei-me agora de uma história que prova que se esquecem, sempre, do George Harrisson. O Frank (Sinatra) tem um cover do Here Comes the Sun (Letra e Música do George). Ora, estava o Frank a cantar a música e no final, “ah e tal queria agradecer ao John por esta magnifica composição musical”. Coitado do George, ninguém lhe liga, é o que dá ser discreto. Era tão talentoso como os outros, só que mais recatado. Apesar de tudo, tenho de referir que o Sr. Frank uns tempos depois emendou o erro. “Ah porque o Here Comes the Sun é uma brilhante música, escrita pelo GEORGE HARRISSON).
Assim sendo, deixo-vos a música. Obrigado Georgie. (Agora em estrangeiro) You rock!


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sexta-feira, 16 de abril de 2010

Macdonalstico!!


“Com a breca” meus amigos. Como é que eu fiquei 19 anos sem saber disto? Há ok, vocês ainda não sabem do que vos vou falar.

Pois bem, venho-vos aqui falar de perspectivas de futuro. A partir de hoje vou olhar de outra maneira para os trabalhadores do MacDonalds (ou então não). Vou passar ao que interessa, venho-vos comunicar da existência de uma Universidade chamada, nada mais, nada menos, que “Hamburguer University” (propriedade do MacDonalds). E já existe desde 1962. Puxa, a partir de agora quando me dirigir a um estabelecimento deste género vou dizer “Boa tarde Sr. Doutor/a, gostaria, se não fosse incómodo que me vendesse um Mcflurry de oreo, e um pacote de batatas”.

Nesta universidade (situada no estado americano de Illinois) tiram-se cursos como, gestor comercial (do MacDonalds), Gerente de loja (do MacDonalds) e limpa chão (do MacDonalds, bem, este curso se calhar não existe, mas nunca se sabe).

Eu cá já sei para onde vou se o meu curso não correr bem. “Ah e tal, vou estudar para os States, vou ser doutor e gerir empresas”, talvez omita a parte, “Vou ser Copeiro para o MacDonalds de Massamá ou quem sabe (sim porque eu aspiro às estrelas) de Rio de Mouro”.
Devo dizer que isto se pega, porque exportaram esta universidade para a China. É agora que os chineses vão ficar todos gordos.
Enfim, vou fazer as malas.

I`ll smell you all later

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Vaticamos? No way



Se há coisas que me irritam são a arrogância, a altivez, a prepotência e a incapacidade de assumir os erros. Pois bem, se há instituição que ao longo dos anos tem vingado à custa de tais adjectivos, é a igreja católica.
Assumo-me como agnóstico, com uma relação muito própria com o mundo que os meus olhos não alcançam. Acredito em algo superior, mas não no deus instrumentalizado e falso criado por esta instituição.
Respeito todas as religiões, agora não me peçam para aderir a cultos, fanatismos, racismos, descriminações.
A verdade é que ao longo dos anos esta igreja viveu à parte das leis do mundo térreo. Cultivando o ódio pelas raças, pela orientação sexual “incomum”, instaurando os seus próprios métodos de tortura, negando por completo o conhecimento cientifico, sendo inflexível em todos os aspectos e, acima de tudo, camuflando imperfeições.
Obviamente, os padres além de tudo são homens. Cheios de imperfeições, pecados. Não me oponho a isso, faz parte da nossa condição humana. Somos muitas vezes animais obstinados e simplesmente abdicamos de pensar. Porém, e como é pregado por todos eles, “errar é humano, perdoar é divino”. Então porque raio é que eles se acham tão à parte dos erros terrenos?
Para mim a gota de água, foram os recentes desenvolvimentos sobre os casos de molestação de menores (e sim, isso já se passa há décadas). À luz de todas as evidências, ainda não ouvi um único “Desculpem, erramos!”. Antes pelo contrário, tentam arranjar subterfúgios que os impugnem.
Certo é que ao longo dos tempos os padres molestadores nunca foram entregues à justiça dos homens. Por serem “especiais” é o patrão deles que lhes irá tratar de arranjar um castigo. Até esse dia, eles vão sendo “descentralizados”, vitimizando mais inocentes.

Enfim a igreja vai apodrecendo e enterrando-se a cada dia que passa.
Terá esta religião salvação possível?
Não sei, para isso era necessário bom senso.
Fico à espera!

I`ll smell you all later

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Green eyes

Olá meus amigos. Declaro que esta música é minha ! Acima de tudo pelo que ela representa para mim.
Gosto tanto da música (e do seu significado)... Enfim, ouvir esta música deixa-me feliz...E isso é fixe!

Sem grandes palavras para acrescentar hoje, deixo-vos com a letra e a música.


Honey you are a rock
Upon which I stand
And I come here to talk
I hope you understand

That green eyes, yeah the spotlight, shines upon you
And how could, anybody, deny you

I came here with a load
And it feels so much lighter, now I�ve met you
And honey you should know, that I could never go on without you

Green eyes

Honey you are the sea
Upon which I float
And I came here to talk
I think you should know

That green eyes, you�re the one that I wanted to find
And anyone who, tried to deny you must be out of their mind

Cause I came here with a load
And it feels so much lighter, since I met you
Honey you should know, that I could never go on without you

Green eyes
Green eyes

Ohohohohooooo
Ohohohohooooo

Ohohohohooooo
Ohohohohooooo

Honey you are a rock
Upon which I stand




I`ll smell you all later

domingo, 11 de abril de 2010

It`s a secret



“Segredos”… Todas as pessoas os têm (e o meu cão também, pois eu não sei onde ele esconde os ossos). Apesar de vivermos rodeados deles, será que conseguimos chegar a um consenso sobre o seu sentido, utilidade e validade?
O dicionário define segredo como: O que há de mais escondido; o que se oculta à vista, ao conhecimento.
Reduzir este conceito a uma frase é limitá-lo muito. Um segredo é das coisas mais abstractas e menos consensuais que podem existir.
Einstein considerava-os essenciais ao processo de criação artística, “O segredo da criatividade é saber esconder suas fontes.", comentava ele. Kurt Kobain morreu afogado numa data deles, apesar de serem a possível fonte da sua inspiração. Uma vez disse “Se os meus olhos mostrassem a minha alma, todos, ao me verem sorrir, chorariam comigo”, o que demonstra quão perturbante podem ser os segredos.
Este paradoxo gerado à volta dos segredos (são bons por um lado e maliciosos por outro), faz com que eu pense que podem ser perigosos. Facilmente podem gerar mentiras.
Todavia, há muitas coisas que devemos guardar para nós. Se a nossa alma fosse transparente, provavelmente não teríamos amigos. Sendo assim, há que saber lidar com a linha ténue que separa um segredo necessário de uma mentira secreta.
Pitágoras disse (esta é a minha preferida): "Não cometas nenhum acto vergonhoso nem na presença de outros nem em segredo. A tua primeira lei deve ser o respeito a ti mesmo."

Fugindo agora ao tema, aptece-me deixar-vos com esta música. Os police são fixes!



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quinta-feira, 8 de abril de 2010

Síndrome de Frasier


Olá amigos... Hoje resolvi falar do Síndrome de Frasier... "Com a breca" meus senhores, senti-me tão, mas tão pequenino quando vi uma reportagem a falar deste síndrome no programa 30 minutos da rtp1.
Senti-me um perfeito anormal. Vivo centrado em problemas, que de problemas têm pouco, comparado com estes seres humanos, que todos os dias lutam para serem felizes.

Imaginem o que é não ver a luz do dia, nem conhecer o que são palavras (das mais belas, às mais mundanas). Síndrome de Frasier consiste numa ausência de vias oculares e auditivas, fazendo com que estas pessoas venham ao mundo desprovidas dos dois mais importantes sentidos.

Tentar perceber o que é isso, é impossível. Nem nós percebemos o que é não ver ou ouvir, nem eles têm presente esses conceitos. Por isso, não se pode dizer que eles sintam falta. Esse sentimento implica que algum dia tenham tido consciência do que é a visão, ou a audição (que para nós são elementares).
Vivem limitados toda a vida. Descobrem um mundo muito próprio, através do tacto. As mãos acabam por ser os seus olhos e ouvidos.

Para além de tudo, muitos destes indivíduos têm problemas cognitivos, malformações ao longo dos membros, maior parte nem chega à idade adulta. Apesar dos pesares, não os vejo como coitadinhos.
O sentimento de pena revela complexos de superioridade e, sinceramente, somos tão mais pequenos que eles. Há muitos casos de pessoas com este síndrome que são mentalmente capazes , que reagem todos os dias para aprenderem mais, interagem através das mãos e vivem, sendo felizes à maneira deles.
Eu sei que é difícil imaginar felicidade com tais limitações. Bem, se calhar às vezes não ver nem ouvir poupa-nos muito sofrimento. Enfim, dentro dos nossos parâmetros de felicidade é inconcebível ser feliz daquela forma. Pensem que os parâmetros deles são diferentes, são as pequenas coisas, que a nós nem nos beliscam, mas que são a chave para a sua alegria.
E não seriamos nós mais alegres se soubéssemos dar valor às pequenas coisas que nos rodeiam?
Um abraço, um beijo, um passeio, um sorriso, uma conversa, um olhar, um jogo de ténis, um jogo de futebol com os amigos, um pôr-do-sol bonito, uma lua cheia.

Pensem nisso...

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terça-feira, 6 de abril de 2010

Cheira a paixão (ou então não)


Pois bem amigos, hoje decidi-vos falar de toda a química envolta no olfacto.
A verdade é que toda a mecânica do cheiro pode ser um factor determinante durante o processo da paixão, atracção, enfim, dessas coisas.
Cheiros compatíveis, podem gerar pessoas compatíveis, e assim sendo, paixões compatíveis.
Porém o facto de um dos lados se sentir atraído pelo cheiro da outra pessoa, isso não significa que o contrário suceda.
Estudos recentes (e atenção a estes estudos, que são no mínimo originais), indicam que existe um gene (MHS) responsável por esta compatibilização (ou não) entre os pares.
Agora vamos à parte em que vos conto o estudo (americano claro). Meteram um grupo de pessoas durante uma semana sem tomar banho e verificaram, ainda assim (credo), que no final dessa semana (e mesmo apesar do aroma a “sovaquinho”), havia pessoas que se identificavam mais com o cheiro de determinada pessoa do sexo oposto. Através desta, vá “badalhoquice”, eles aferiram que isso significa que apesar da camuflagem do cheiro (através de perfumes, cremes, não tomar banho), a essência específica do ser humano continua lá e isso pode gerar a proximidade entre os pares.
Obviamente a personalidade, o contacto visual, e a convivência com a pessoa, gera também essa atracção, quem sabe, paixão. Não obstante, o olfacto é o primeiro dos sentidos a entrar em acção no que toca às coisas do romance.
Cheiros compatíveis podem gerar pessoas compativéis, mas essa resposta só o tempo pode ditar… Por isso o meu concelho é… Cheirem muito a pessoa de quem gostam (mas não de forma “creepy”)!
E como diz o ditado … “Um cheiro vale mais que mil palavras” (pronto eu sei que não é bem assim, mas vocês percebem não é?)

Ah, claro e depois quando encontram o vosso cheiro compatível é mais ou menos como no vídeo a seguir (exerto retirado do filme 500 Days of Summer):

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domingo, 4 de abril de 2010

Feliz Páscoa

Olá meus amigos. Apesar de não ligar a épocas festivas, decidi deixar-vos um vídeo que se adequa (de uma forma muito pouco ortodoxa) à ocasião. Sim, porque os marretas se aplicam a qualquer época do ano!

E viva as amêndoas de chocolate da Páscoa!



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quinta-feira, 1 de abril de 2010

eles andam ai


Olá amigos! Quinta-feira foi a gota de água! Estava eu bem sentado no meu comboio (não é bem meu, é da C.P., mas enfim) quando de repente oiço:
"Venha ao pingo doce de Janeiro a Janeiro, bla bla bla...", isto dito por uma menina com os seus 4 anos, repetindo a melodia até fazer derreter a paciência ao mais casto santo.

Apeteceu-me ir ter com a menina e dar-lhe um chupa-chupa a ver se ela se calava.

Pois bem, tenho mesmo de desabafar. Odeio aquelas musicas que são feitas para nos atormentar e que nos perseguem a cada recanto.

Vou fazer um top 4 das músicas vá, mais podres (no sentido lato do conceito) que existem, mas que não nos deixam o cérebro respirar.

4º Lugar - Todas as músicas dos genéricos das novelas portuguesas.
Porque raio é que as novelas têm o nome do refrão da música. "Deixa que te leve", "Perfeito coração", isto só para dar dois exemplos.
Deixo a sugestão para fazerem uma novela com o nome, "Queres Ketchup Maria" , "Garagem da vizinha", ou quem sabe "a minha sogra é um boi" , fica a sugestão no ar.

3º Lugar - Gaivota, dos Amália Hoje... Oh meu deus, conseguiram transformar um poema tão bonito, que a Amália cantou tão bem, numa forma sofisticada de tortura psicológica... Nunca gostei da música, mas confesso que conseguia ouvi-la sem me queixar. Agora é diferente. Até em casa de banhos eu já ouvi essa música, fora as novelas, anúncios, amigos (ou não) que a cantam constantemente.


2º Lugar - Música do pingo doce. Dói! Dói tanto! Os meus ouvidos choram cada vez que eu a oiço. Sem falar naqueles senhores do anúncio. Juro que se tivesse filhos, não os deixava aproximar daqueles senhores.


1º - Lugar - I got a feeling dos feijão-frade - Meu deus! Sou perseguido por essa. Agora até metem os jogadores da bola a cantá-la (o liedson não sabe a letra, deve ser o único). Porquê? Rádios, anúncios, puxa ... Juro que se fosse serial killer, ui! Era sangue desde o pingo doce até aos senhores do BES.


Bem, há outra música que não me sai da cabeça. Mas dessa gosto muito. E é com essa que vos deixo por hoje. Esperando que a minha próxima semana seja tão soalheira como esta.



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