terça-feira, 28 de setembro de 2010
BUUUUH
Medos. Vimemos muitas vezes em função deles. Escondemo-nos deles, fugimos deles.
Toda uma parafernália de esquemas manhosos para não lidarmos com estes “senhores”.
Todavia, deixamo-nos muitas vezes afectar e o nosso sistema manifesta-se sobre a forma de nervos.
Nervos significam responsabilidade, podem ser construtivos, mas quando descontrolados podem ser redutores. Depois vêm os ataques de pânico, o tique tac desenfreado da nossa máquina, a sensação incapacitante, o sufoco iminente, o mundo visto de forma turva.
Existem medos que se transformam em fobias.
Sabem uma que não gostava de ter? Pantofobia (não, não é medo de pantufas, se bem que algumas podem ser assustadoras). Esta fobia significa muito simplesmente ter medo de tudo.
Acham impossível? Ponham-se na vossa pele. Quantas vezes não saíram de casa com medo de serem assaltados? Quantas vezes deixaram de fazer aquele convite, com medo da rejeição? Quantas vezes evitaram passar por aquele sítio escuro e poeirento, com medo do que de lá pudesse surgir? Quantas vezes encobriram uma mentira, ou omitiram, com medo de represálias? Quantas vezes viram uma pessoa aflita e não fizeram nada, por não saberem bem o que fazer?
De certeza que isto tudo já vos sucedeu, acontece que quem sofre de Pantofobia vive estes medos de uma forma muito mais intensa, quase paranóica.
Ora vamos lá ver, apesar disso, nós acabamos por ser um pouco pantofóbicos, limitamos a intensidade dos momentos, com medo que dessa intensidade venha a resultar algo doloroso.
Obviamente não podemos seguir à risca o cliché “vive cada momento como se fosse o último”, caso contrário iria ser muito penoso (“ai pai, eu sei que me mandaste comprar batatas, mas não resisti em comprar aquele LCD, olha não tens dinheiro na conta está bem?”). No entanto, não podemos viver em função do medo. Fujam quando tiver que ser e enfrentem-no nas alturas certas.
I`ll smell you all later
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Eu lamento seriamente pelas pessoas que têm Tetrafobia, Catisofobia e Anatidaefobia e Estruminofobia. xP
ResponderExcluirMas, infelizmente, a mais geral deve ser a malaxofobia... digo eu. x)
Olha Eva, podias ter explicado... Não percebi nada do que disseste.
ResponderExcluirÉ assustador, de facto, pensar que podemos ter medo de tudo. Acho que há alturas em que nos sentimos assim... em que estamos tão fragilizados que qualquer passo em frente que possamos dar parece o último...
Mas, de facto, é tudo uma questão de balanço... De saber quando podemos exigir mais de nós, ou quando o que nos assusta tem motivos para nos assustar...