sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Popcorn time


No outro dia fui ao cinema (nada de novo, visto que o faço com alguma assiduidade).
O filme alvo foi The Box, por sinal baseado num episódio da série Twilight Zone (Button Button ), que me fez pensar. Hoje vi outro filme (ok, no meio destes dois sou capaz de ter visto outros tantos). No caso de hoje o filme que, finalmente, visionei foi Before Sunrise.
Em comum têm o facto de terem diálogos intensos e fabulosos, para além de uma forma de serem filmados muito rara nos dias que correm. Bem, é melhor apresenta-los um a um.
The Box é um filme do Richard Kelley (Donnie Darko), com a sempre bela Cameron Diaz (a melhor interpretação dela até hoje). A história é simples; dão-vos uma caixa com um botão e, no caso de o pressionarem, ganham um milhão de dólares, todavia uma pessoa morrerá. Que fariam vocês?
Eu (como estou sempre a dizer) não gosto de spoilers, por isso não me vou adiantar muito na história. Digo apenas que argumentos destes quase nos obrigam a repensar a nossa condição humana. Conseguiremos ter atitudes verdadeiramente altruístas, totalmente desprovidas daquele interesse inerente a quase todas as nossas acções?
Além disso o ambiente recriado no filme é genial. O tipo de filmagem (acho que se diz Mise en scène) é sufocante, obriga-nos a estar atento e teletransporta-nos para a realidade da acção.

Agora falemos de Before sunrise. É verdadeiramente um filme envolvente e que transpira sinceridade. Dois estranhos (sexos diferentes, se não o que vos contaria a seguir ficaria mais alternativo) conhecem-se num comboio e Jesse convence Celine a sair ligeiramente mais cedo do transporte a fim de ir passear com ele o dia a Viena (era suposto ela ir para Paris).
Os planos de Viena são muito vistosos e existem alturas em que a cidade se torna protagonistas e os protagonistas espectadores da cidade. Quanto às falas dos personagens, o que posso dizer é que são de tal modo normais, que acabam por ser marcantes. Isto porque os diálogos não se querem pomposos e pretensiosos, querem-se crus, reais, substanciais, que contem a história sem rodeios e “empiriquitamentos”. Esta história torna-se bela, precisamente por se centrar nas palavras e não no show off.
Enfim, acho que acertei nos filmes.

I`ll smell you all later

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