sábado, 30 de abril de 2011

Monday, you bitch!


Olá amigos. Eis as razões que me levam a querer abolir a segunda-feira das nossas vidas.

Odeio-te segunda-feira porque já não és fim-de-semana.

Odeio-te segunda-feira porque ainda faltam mais quatro dias para o fim-de-semana regressar.

Odeio-te segunda-feira por me fazeres ir trabalhar.

Odeio-te segunda-feira porque me obrigas a deitar cedo ao Domingo, mas como não o faço, fazes-me acordar mal-humorado.

Odeio-te segunda-feira porque me obrigas a usar despertador.

Odeio-te segunda-feira porque às vezes o Benfica perde no Domingo (nessa altura odeio basicamente tudo).

Odeio-te segunda-feira por me obrigares a vestir calças de manhã.

Agora que penso nisso, odeio grande parte dos dias da semana por isso.

Ah e odeio-te segunda-feira por seres sempre o primeiro dia depois das férias.

I`ll smell you all later

domingo, 24 de abril de 2011

Não sentir nada nunca é pior que sentir tudo

Sentir falta e saudades serão a mesma coisa?

A minha resposta é definitivamente não.

Nós sentimos falta de comida quando não comemos, mas a saudade não é bem isso.

A saudade não se alimenta da mesma forma. Não é uma necessidade fisiológica, não é racional, nem controlável, a saudade é duradoura.

É certo que muitas vezes sentimos saudades do que nos faz falta. Mas sentir falta por si só é algo pouco vinculativo, muitas vezes passageiro. “I miss you” é uma expressão que demonstra o egoísmo de “sentir falta”. “miss” relaciona-se com perda. O “I miss you” refere-se a algo que perdi, mas que para satisfazer a minha necessidade momentânea quero de volta.

Saudade não tem tradução em qualquer outra língua.

Eu não sinto falta dos pormenores irritantes das pessoas que amo e amei, mas tenho saudades desses mesmos pormenores, porque pertenciam a essas pessoas e porque agora é disso que me lembro.

Não sinto falta de uma voz esganiçada, de um aperto de mão exageradamente forte, de ter chinelos mordidos, de ouvir conselhos repetitivos, de ouvir falar de doenças, ou de piadas despropositadas, mas tenho saudades disso, porque isso fazia parte dessas pessoas (e não só).

Ter saudades é ter um vazio que outrora estava preenchido de forma quase imperceptível. Memórias que agora sei são de felicidade, mas que na altura eram rotina.

Ter saudades é sinal que vivi.

I`ll smell you all later

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Mas que grande animal pah!


Olá amigos. Este post é dedicado a todos aqueles (que como eu) lêem coisas que não interessam nem ao menino Jesus.

Pois bem, primeira informação de relevância duvidosa. Sabem o que mais contribui para o efeito estufa, produzindo quantidades massivas de Dióxido de Carbono e Metano? (Não, não são os carros, nem qualquer tipo de electrodoméstico ou fábrica)

A resposta é o gado, mais especificamente as vaquinhas e as ovelhinhas. Querem que eu vá mais ao pormenor? (ok, vou assumir que sim, porque quem manda aqui sou eu)

Os arrotos e (vou tentar não ser labrego) os peidos (fail) das vaquinhas e das ovelhinhas são um dos grandes causadores da emissão de gases poluentes para a atmosfera.

Porém não temam meus caros visitantes do blog. Cientistas Norte-Americanos (e com muito tempo livre) criaram uma ração que regula os intestinos destes bichinhos. Acabando com os desarranjos intestinais, salvam o mundo.

Bem, o meu conselho para salvar o mundo é… Ensinar as ovelhas e as vacas (e seus esposos) a levarem os cascos à boca quando tiverem para arrotar (é uma questão de educação).

Quanto ao problema dos gases é simples (falem com a Fernanda Serrano que ela arranja-vos Activia)

Agora uma coisa totalmente random: Eu odeio Alemães! (Exceptuando os pastores)


I`ll smell you all later


terça-feira, 5 de abril de 2011

Sinta-se Activia

Hoje vou-vos falar de eufemismos. Especificamente de um anúncio que está repleto deles.Os anúncios da Activia com a Fernanda Serrando.

Há já alguns dias que sempre que aquele anúncio passa eu encontro sempre mais um eufemismo.

Importa dizer que todos eles se relacionam com “cocó” e todo o processo até chegar a ele. Passando pelos gases, até aos “finalmentes”.

Meu deus, pôr raparigas giras a falar da barriga delas como se fossem balões (gases) e a dizerem que aqueles iogurtes as fazem desinchar (fazem muito cocó). Porquê? Por amor da santa, miúdas boas a falar de pupu. Não podiam fazer esses anúncios com robôs. Pois eles não fazem dessas coisas, é verdade.

Pior ainda é aquele slogan. “Beba activia e comece a libertar-se”. Não se libertem por amor dos santinhos todos lá do céu e arredores.

No dia em que começar a ver (e ouvir) as moças todas a libertarem-se no meio da rua, juro que viro padre.

O meu conselho. Bebam activia e libertem-se nos sítios próprios.

Ai, e é melhor nem falar na senhora do Gino-Canesten ok?

Fica o desabafo,

I`ll smell you all later

sexta-feira, 1 de abril de 2011

E assim vai e assim volta


Acho que hoje tive a viagem mais longa de comboio de toda a minha vida. Dia marcado por outra greve que pareceu transformar minutos em horas sôfregas.

Podia fazer uma série de piadas (e aliás pensei nisso) em relação a aromas e palavras de ordem como “vou sair agora merda”, para além daquelas pessoas que criticavam as pessoas que a tentar sair do comboio eram bem-educadas ao invés de dizerem “vou sair agora merda”, enfim equacionei falar da parte cómica, como do senhor que perdeu o sapato ao entrar no comboio. O que sucede é que por trás de muitos risos eu apercebi-me da capacidade do ser humano se tornar irracional e anárquico.

O efeito multidão explica que em grupo cada pessoa racionaliza por si com desprimor por todos os que a rodeiam, conferindo à multidão um carácter anárquico. Bem, assistir a isso tudo estando confinado numa carruagem, é sufocante.

O que me chocou foi a brutalidade com que as pessoas agiam simplesmente para conseguir entrar e sair do comboio. Tudo bem, têm compromissos importantes, mas com certeza a vida humana é mais importante que esses compromissos. Não se empurram grávidas, não se nega o lugar a pessoas idosas, não se grita “matem-se todos” num meio de um comboio já de si sobressaltado.

Foi então que no meio de tanta animalidade irracional, me concentrei nas pessoas que, mesmo sobre aquele stress todo, mostravam alguma humanidade.

Gente com semelhantes compromissos que se preocupou em ver se as grávidas podiam sair em segurança, seres humanos que cediam os seus lugares a outros semelhantes que denotavam aflição nos seus rostos.

Se é verdade que é sobre o efeito de stress e pressão intensas que mostramos o nosso verdadeiro “eu” e se também é verdade que os “eus” do comboio eram maioritariamente narcisistas maliciosos, eu quero me concentrar nas pessoas que não o foram. Naquelas que respeitam, mantém-se serenas, civilizadas e prestáveis.

Não é por o mundo andar com os valores trocados, que nós temos de nos portar como uns desalmados selváticos. Temos de ser fiéis aos nossos valores em qualquer situação.

Se não tivermos valores em que acreditar e se não valorizarmos a vida (nossa e dos outros), então não temos alma, somos apenas corpos que pairam à procura da satisfação momentânea.

Eu acredito que não somos assim, foi a situação que provocou a reacção, pelo menos assim o espero.

I`ll smell you all later