domingo, 30 de maio de 2010

Where are the good people go?


“Não gosto de pessoas” … Uso esta frase muitas vezes e, sim, eu sei que também sou uma pessoa (em principio).
Eu passo a explanar. Obviamente, não odeio a raça humana (apesar de gostar mais dos meus cães do que de muita gente), o que me irrita é a condição de falta de abnegação e a crescente alienação do mundo.
As pessoas queixam-se e queixam-se. Até os mais insignificantes problemas tornam, rapidamente, em dúvidas existenciais (eu próprio sou assim muitas vezes). Somos incapazes de olhar para o lado, vivemos a pensar que apenas o nosso umbigo tem importância. Desvalorizamos todo e qualquer problema alheio e muitas vezes a desgraça alheia só serve para nos massajar o ego e nos tirar da condição de miseráveis.
O egoísmo vigora em grande parte das nossas atitudes, enfim, às vezes ser “humano” é tentar contrariar a nossa própria natureza de desumanos.
Precisamos de chapadas na cara para percebermos que o mundo não é um círculo fechado em nós. Só quando sentimos aquela sensação de perda é que decidimos deixar de ver só o nosso lado e nos apercebemos que há mais gente a respirar o mesmo ar.

É por isso que devemos contrariar o que “supostamente” nos é intrínseco.
Até porque, é por comodismo que agimos assim. Dá muito trabalho ser genuinamente interessado nos problemas que não nos afectam directamente.
Mas não quero generalizar. Todos temos este lado mau,é verdade, não obstante, o nosso lado bom (que em principio coabita com o outro “mauzão”) também influencia as nossas decisões. Cabe-nos agora escolher o lado que queremos seguir.
Eu cá acho que já escolhi o meu (apesar de ás vezes não o seguir). Porque no final… Nobody's perfect.



I`ll smell you all later

3 comentários:

  1. é verdade que o povo é, em geral egoísta. Mas eu penso que tem de haver um balanço. Digo isto, porque acho que temos de ter um dedo activo na sociedade e contribuir com o melhor que temos e podemos dar, mas também não nos podemos esquecer de nós e da nossa felicidade. Acho que no fundo, temos de garantir que somos felizes, mas que a nossa felicidade não interfere - negativamente - na dos outros. E, claro, se formos felizes trazendo ou por trazer felicidade a quem nos rodeia, não podíamos estar melhor!

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  2. também uso muito a expressão "não gosto de pessoas", mas talvez num contexto diferente,
    no meu caso é apenas não gostar de pessoas (grande definição hein) não gostar do falar alto, da necessidade de falar com tudo e todos, da felicidade extrema (visto isto assim escrito, faz-me sentir uma má pessoa xD)

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  3. Gosto de pessoas. Boas ou más, são interessantes. Aprende-se muito :)

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