Decidi escrever um livro, estou aqui na dúvida ainda sobre o
rumo e assim, mas já fui escrevendo umas coisitas, por isso o tempo que eu
tinha para o blog tem sido repartido. No entanto, o blog é o blog, é onde junto
toda a parvoíce e faço magia ou arte, como lhe queiram chamar (só não lhe
chamem sinónimos de cocó).
Este verão é tramado, nas férias parece que fico mais
cansado do que se trabalhasse. Isto de apanhar sol o dia todo cansa. Sem falar
que chego à noite sem me conseguir mexer, acima de tudo derivado dos escaldões
que apanho, o que faz com que ir à praia seja sofrível. Sem falar que as minhas
costas parecem o mapa mundo, ou pior, sinto que as pessoas não se aproximam de
mim na praia porque têm medo de apanhar alguma maleita meio complicada de pronunciar
mas que provoca a morte, ou pelo menos, diarreias intensas.
E depois é complicadíssimo realizar actividades culturais na
praia (“mirar as gajas não conta como actividade cultural). Não consigo ler o
jornal porque não arranjo uma posição de conforto e quando arranjo vem o sacana
do vento e leva-me o jornal. Não consigo ler livros na praia porque está demasiado
calor para me conseguir concentrar na história e depois há as pópotas, balofos
e crianças a correr, uns provocam terramotos e maremotos e outros mandam areia
para os olhos, descubram vocês quem é quem.
No mar até se poderá estar bem, mas por um lado temos uma
série de pessoas ao nosso lado com cara de quem estão a verter líquidos, o que
me retrai na altura de mergulhar. O que mais graça me dá são as pessoas que
após molharem os pés e as pernas, ficam-se pela cintura com um ar contemplativo
e as mãos nas ancas. Passam-se 30 segundos e eles decidem não avançar mais e
voltar para trás, com o sentimento de missão cumprida. Das duas uma, ou estão a
tentar lembrar-se das estrofes do canto X dos Lusíadas, ou estão a fazer um
belo xixi. O que me parece é que na realidade eles acham que ninguém percebe o
que eles estão a fazer. Devem-se achar agentes secretos que estão a desenvolver
uma actividade camuflada. A arma até pode estar camuflada, mas a acção é
subentendida.
I`ll smell
you all later