terça-feira, 18 de setembro de 2012

Cave dos segredos dos gordinhos


Acaba a silly season e recomeça a trash TV. Atenção, não há qualquer tom depreciativo nesta afirmação, é apenas uma constatação. Passamos o Verão debruçados sobre repetições de séries e ininterruptas telenovelas, para com a, quase e bem disfarçada, chegada do Outono nos venderem programas com um objectivo meramente de entreter.
Na sic vai começar um programa que, à semelhança do Biggest Loser, vai emagrecer gordinhos (gordinhos, gordões, lontras e mascotes do continente e do Jumbo), só que ao contrário do antecessor, em vez de os pôr a correr, vão pô-los a dançar, o que vai implicar uma série de coisas que passo a enunciar:
1º Sismo de magnitude elevadíssima em Portugal continental e maremotos nas Ilhas.
2º Ataques cardíacos. O que efectivamente os obrigará a fazer dieta, o que de forma indirecta os fará emagrecer. Não esquecendo o ataque cardíaco que nós próprios iremos ter quando virmos os flip flops e voos dos gordinhos.
3º Oh meu deus, os meus olhos, oh meu deus, o que é que a popota está a fazer a abanar-se com aquela força. Eu tenho pena é dos bailarinos, dançar com gordinhos daquele calibre na TV nacional é como entrar numa novela da TVI e o nosso par romântico ser a Maria Vieira (Parrachita).
Para competir com isto nada melhor do que juntar a família em volta da televisão para gozar com os filhos dos outros (e, quiçá, aliens) da casa dos segredos. Por um lado é bom, nas novelas as pessoas estão caladas, não há comunicação. Num programa destes é impossível estar calado, a família vai inevitavelmente comunicar e, acima de tudo, gozar com as preciosidades daqueles concorrentes.
Vai ser inevitável troçar quando eles não souberem uma capital de um país (mesmo que nós próprios também não saibamos), ou quando eles se enganarem a dizer uma palavra (porque nós não nos enganamos). Por mais que os tente defender aqui, a verdade é que a escolha dos concorrentes foi minuciosa e nunca teve por base os QI`s dos mesmos.
Em todo o caso, toda a gente vai espreitar, nem que seja para depois vir dizer que nunca viu aquilo, porque aquilo é má televisão. Amigos, não há má televisão, há televisão que tem resultados e depois há o “serviço público” que toda a gente defende, mas que ninguém sabe definir e/ou não vê. Mas isso dará outro post.
I`ll smell you all later