Acaba a silly season e recomeça a trash TV. Atenção, não há
qualquer tom depreciativo nesta afirmação, é apenas uma constatação. Passamos o
Verão debruçados sobre repetições de séries e ininterruptas telenovelas, para
com a, quase e bem disfarçada, chegada do Outono nos venderem programas com um
objectivo meramente de entreter.
Na sic vai começar um programa que, à semelhança do Biggest
Loser, vai emagrecer gordinhos (gordinhos, gordões, lontras e mascotes do
continente e do Jumbo), só que ao contrário do antecessor, em vez de os pôr a
correr, vão pô-los a dançar, o que vai implicar uma série de coisas que passo a
enunciar:
1º Sismo de magnitude elevadíssima em Portugal continental e
maremotos nas Ilhas.
2º Ataques cardíacos. O que efectivamente os obrigará a
fazer dieta, o que de forma indirecta os fará emagrecer. Não esquecendo o
ataque cardíaco que nós próprios iremos ter quando virmos os flip flops e voos
dos gordinhos.
3º Oh meu deus, os meus olhos, oh meu deus, o que é que a
popota está a fazer a abanar-se com aquela força. Eu tenho pena é dos
bailarinos, dançar com gordinhos daquele calibre na TV nacional é como entrar
numa novela da TVI e o nosso par romântico ser a Maria Vieira (Parrachita).
Para competir com isto nada melhor do que juntar a família em
volta da televisão para gozar com os filhos dos outros (e, quiçá, aliens) da
casa dos segredos. Por um lado é bom, nas novelas as pessoas estão caladas, não
há comunicação. Num programa destes é impossível estar calado, a família vai
inevitavelmente comunicar e, acima de tudo, gozar com as preciosidades daqueles
concorrentes.
Vai ser inevitável troçar quando eles não souberem uma
capital de um país (mesmo que nós próprios também não saibamos), ou quando eles
se enganarem a dizer uma palavra (porque nós não nos enganamos). Por mais que
os tente defender aqui, a verdade é que a escolha dos concorrentes foi
minuciosa e nunca teve por base os QI`s dos mesmos.
Em todo o caso, toda a gente vai espreitar, nem que seja
para depois vir dizer que nunca viu aquilo, porque aquilo é má televisão. Amigos,
não há má televisão, há televisão que tem resultados e depois há o “serviço
público” que toda a gente defende, mas que ninguém sabe definir e/ou não vê.
Mas isso dará outro post.
I`ll smell you all later