É melhor sorrir ou é melhor chorar? O que é mais correcto
afinal? Devemos ser sempre optimistas e não nos podemos dar ao luxo de estar pessimistas?
“Luxo” é uma palavra engraçada de usar neste contexto, utilizamos muitas
vezes expressões como “não me posso dar ao luxo de sentir isto ou aquilo”. A
verdade é que sentir não é um luxo, é mais uma necessidade, nós precisamos de
sentir e não sentimos sempre o mesmo. Por isso, não podem ser as outras pessoas
a dizer-nos a atitude que devemos tomar, ou o sorriso que devemos usar. O ser
humano tem disponíveis uma série de apetrechos que pode e deve usar de acordo
com a sua conveniência e não é conveniente ser sempre excessivamente optimista,
ou negativista, pois ambas as situações são excessivamente ilusórias. O mundo
não gira à nossa volta e não nos quer tramar ou beneficiar, nós é que giramos à
volta dos diferentes mundos, que por sinal giram à volta uns dos outros.
Devemos sentir quando sentimos e mostrar quando e a quem acharmos que devemos
mostrar. Devemos acreditar quando é possível acreditar
e ficar tristes quando a situação não pede falsas esperanças. A realidade é a
mais dura das verdades e é essa que temos de encarar.
Não podemos deixar que ninguém nos diga o que devemos sentir
e no que devemos acreditar, eu já não acredito numa série de coisas e é melhor
assim (o pai natal não é real, o coelho da páscoa também não, o cabelo do Toni
Carreira vai pelo mesmo caminho, perdoem-me a quem ainda não sabia). O extremismo
aumenta o tamanho do tombo, por isso vivam felizes nas entrelinhas e tristes a
espaços.
P.S. Portugal vai ser campeão europeu, nisso podem acreditar…
I`ll smell
you all later