É engraçado a necessidade que nós temos de partilhar estados.
E não é só estados de espirito. Eu tenho para mim que, hoje em dia, até gases
furtivos se partilham no facebook e afiliados.
Pergunto-me como seria se de repente estas pessoas ficassem
privadas destas tecnologias. Será que enviariam cartas registadas com aviso de
recepção a dizer “Hoje comi um cozido à portuguesa e estava estupendo lol”?
Se calhar abrem a janela e metem-se a cantar “aquela” música
com frases dissimuladas que funcionam como “indirectas” para a cara metade.
Estou a imaginar um Facebookodependente a abrir a janela para partilhar uma
música que contem indirectas. “Oh Maria dá-me o pito, oh Maria dá-mo já”.
Levanta-se o problema dos “gostos”. Não havendo Facebook
seria muito difícil ter o feedback dos outros. No caso da carta registada, o
destinatário teria de remeter para o remetente a figura de um polegar a apontar
para cima em sinal de “gosto”. O que, convínhamos, ficaria caro. Para além
disso, ter somente um gosto numa publicação é muito fraquinho. Teria que se
mandar uma série de cartas a dizer a mesma coisa e esperar que as pessoas
respondessem e comentassem. Respostas como “ahah comexte cuxido a portugeza? Vaix dar buéx
de peidux”, seguido de a figura de um polegar para cima, seriam ansiadas.
Agora imaginem que viveriam sem o meu blog…
Acalmem-se! Estava só a brincar. Estou aqui para ficar.
I`ll smell you all later