Um ministro das finanças sai, um
ministro dos negócios estrangeiros decide demitir-se de forma irrevogável, para
no dia seguinte ser nomeado vice-primeiro-ministro. O presidente da república
decide tirar a confiança que tinha no governo e coloca os partidos à mesa para
arranjar uma solução tripartidária de salvação nacional. A Fanny saiu do big
brother. Eu apanho um escaldão. Todas estas notícias causam preocupação geral,
desde o senhor da mercearia até ao molestador de objectos de porcelana, sem
nunca esquecer os amantes de salsicha que tomavam a Fanny como a sua heroína,
pela semelhança com os enchidos (principalmente quando usa leggins). Num país
onde domingo à noite temos de decidir entre um programa onde pessoas dedicam
chapões na água, à avozinha que já não está entre nós, e um programa onde “famosos”
se fecham numa casa, algo vai mal.
Hoje vivemos uma crise política enorme, onde o desemprego sobe a pique, o poder de compra baixa e onde vai haver uma nova edição da casa dos segredos. A falta de bom senso e de noção, aliada a uma crise sem precedentes, é o pior que podia acontecer ao nosso país. As pessoas refugiam-se em frases feitas (“São todos iguais”, “Pior não fica”) e alheiam-se da realidade.
Isto pode sempre ficar pior. Enquanto
cá em baixo não participemos nas decisões e nos alienemos da realidade e lá em
cima, ninguém pensar a longo prazo e somente até às próximas eleições, assim
estamos condenados. A crise social e económica torna-se crise de valores e
assim é difícil continuar.
Para começar a melhorar era importante ensinar ao Paulinho das feiras que Irrevogável tem uma definição diferente daquilo que ele pensa. Aliás, um dicionário a toda à classe política era uma medida que se impunha.
I`ll smell you all later
um dicionário e um exemplar de "política, finanças e economia para totós"
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