domingo, 14 de julho de 2013

Fanny para capa da playboy

Um ministro das finanças sai, um ministro dos negócios estrangeiros decide demitir-se de forma irrevogável, para no dia seguinte ser nomeado vice-primeiro-ministro. O presidente da república decide tirar a confiança que tinha no governo e coloca os partidos à mesa para arranjar uma solução tripartidária de salvação nacional. A Fanny saiu do big brother. Eu apanho um escaldão. Todas estas notícias causam preocupação geral, desde o senhor da mercearia até ao molestador de objectos de porcelana, sem nunca esquecer os amantes de salsicha que tomavam a Fanny como a sua heroína, pela semelhança com os enchidos (principalmente quando usa leggins). Num país onde domingo à noite temos de decidir entre um programa onde pessoas dedicam chapões na água, à avozinha que já não está entre nós, e um programa onde “famosos” se fecham numa casa, algo vai mal.

Hoje vivemos uma crise política enorme, onde o desemprego sobe a pique, o poder de compra baixa e onde vai haver uma nova edição da casa dos segredos. A falta de bom senso e de noção, aliada a uma crise sem precedentes, é o pior que podia acontecer ao nosso país. As pessoas refugiam-se em frases feitas (“São todos iguais”, “Pior não fica”) e alheiam-se da realidade.
Isto pode sempre ficar pior. Enquanto cá em baixo não participemos nas decisões e nos alienemos da realidade e lá em cima, ninguém pensar a longo prazo e somente até às próximas eleições, assim estamos condenados. A crise social e económica torna-se crise de valores e assim é difícil continuar.

Para começar a melhorar era importante ensinar ao Paulinho das feiras que Irrevogável tem uma definição diferente daquilo que ele pensa. Aliás, um dicionário a toda à classe política era uma medida que se impunha.

I`ll smell you all later

Um comentário:

  1. um dicionário e um exemplar de "política, finanças e economia para totós"

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