sábado, 12 de março de 2011

Memórias de um achado roubado

Qual é o momento da nossa vida em que somos verdadeiramente sinceros?

Antes de mais o que é a sinceridade?

Será sermos fiéis à ideia que temos de nós?

Será expressar o que achamos ser a realidade?

Isso leva-nos a uma questão fulcral. Será a nossa realidade real, ou apenas uma projecção daquilo que achamos, ou queremos ser.

Ser genuíno torna-se muitas vezes complicado quando não temos a completa noção do que somos.

Acho que no fundo só queremos ser aceites. Para isso, procuramos realidades que não são nossas, mas que queremos adoptar como tal.

No fundo torna-se humanamente impossível distinguir o que é nosso do que é dos outros.

Acabamos por ser projecções daquilo que queremos viver.

Acho que acima de tudo devemos lutar por essas projecções. Devemos tentar ser aquela pessoa que idealizamos. Objectivar é importante. Focarmo-nos no que interessa e esquecermo-nos do volátil, do passageiro.

Nós somos a tentativa daquilo que achamos ser e isso não é necessariamente mau.

Tal facto evita o nosso conformismo, faz-nos lutar por um “eu” mais real, mais verdadeiro e por isso mais pacífico. A chave da vida é tentarmos abrir as portas que nos realizam e deixar fechadas aquelas que nos falseiam.

Enfim amigos, divagar às vezes faz bem.

I`ll smell you all later

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